Dólar recua em linha com o exterior após notícias sobre tarifas de Trump e dados

Publicado 25.03.2025, 09:08
Atualizado 25.03.2025, 11:00
© Reuters. Notas de dólar e de realn18/12/2024 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista recuava ante o real nesta terça-feira, na esteira de perdas da moeda norte-americana nos mercados globais, à medida que investidores analisavam a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central e mais notícias sobre as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 10h38, o dólar à vista caía 0,72%, a R$5,7115 na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,55%, a R$5,737 na venda.

Nesta sessão, o foco dos mercados globais continuava nos planos tarifários de Trump, com novas notícias sobre o assunto gerando maior alívio entre investidores, o que aumentava o apetite por risco.

O presidente norte-americano disse na segunda-feira que poderá conceder a "muitos países" descontos em tarifas que pretende anunciar. Ele tem prometido divulgar uma série de tarifas recíprocas -- taxas que igualarão as barreiras sobre produtos dos EUA -- em 2 de abril.

Ainda na véspera, o The Wall Street Journal e a Bloomberg News informaram que Trump deve adiar a apresentação de tarifas para setores específicos para além de 2 de abril, citando autoridades do governo.

"Há algumas semanas que investidores se mostram muito mais preocupados com os riscos de uma desaceleração econômica nos EUA. Há também grande receio sobre quais vão ser os impactos negativos das tarifas do governo Trump", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, ao comentar o maior apetite por risco nesta sessão com a possibilidade de aumentos menos abrangentes nas tarifas dos EUA.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,32%, a 103,970.

A divisa dos EUA também tinha baixas frente ao peso mexicano, ao rand sul-africano e ao peso chileno.

Os mercados ainda digeriam dados positivos para a economia norte-americana divulgados na véspera, com a pesquisa PMI da S&P Global mostrando que a atividade empresarial dos EUA acelerou sua expansão em março devido a um fortalecimento do setor de serviços.

Na cena doméstica, as atenções estavam sobre a divulgação da ata da mais recente reunião do Copom, que elevou a Selic em 1 ponto percentual pelo terceiro encontro consecutivo na semana passada, a 14,25% ao ano, sinalizando pelo menos mais um aumento de menor magnitude em maio.

No documento divulgado nesta manhã, o BC disse que deixou as decisões para além de maio em aberto devido à incerteza elevada no cenário, julgando que, em função do panorama adverso para a dinâmica da inflação, era apropriado indicar que o ciclo de alta nos juros não está encerrado.

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