SÃO PAULO (Reuters) - O dólar quebrava uma sequência de quatro altas e caía ante o real nesta terça-feira, na maior queda em cerca de duas semanas, influenciado pela melhora de humor em relação à cena local, em dia positivo também no exterior.
A moeda norte-americana operava abaixo de 4,10 reais, depois de na véspera saltar para a casa de 4,12 reais, nos maiores níveis em oito meses.
Às 12h24, o dólar à vista caía 0,91%, a 4,0670 reais.
Na B3, o dólar futuro cedia 0,95%, para 4,0705 reais.
O mercado reagia nesta sessão a sinais mais conciliatórios por parte tanto de membros do governo quanto do Congresso.
Na véspera, essas mensagens já tinham sido enviadas, mas tinham maior peso maior sobre o câmbio apenas nesta sessão, já que o dólar fracassou em superar novas resistências técnicas, o que deflagrou realização de lucros.
Na segunda-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aliviou o tom ao dizer que valoriza o Parlamento e que os deputados e senadores terão a palavra final sobre o texto da reforma da Previdência.
"Um cenário de não reforma não existe. E o mercado está vendo uma sinalização clara das forças --e do Congresso-- de que a reforma precisa ser aprovada", disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Brazil.
O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 5.050 contratos de swap cambial ofertados em rolagem e realiza ainda operação de rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra.
(Por José de Castro)