Investing.com - O euro recuou para uma nova mínima de 13 anos nesta terça-feira, enquanto que o dólar avançou para a máxima desde 2002, com os investidores começando a fechar as posições em preparação para o fim de semana natalino.
O euro registrou queda de 0,42%, a 1,0358, frente ao dólar às 10h50, no horário de Brasília. A moeda chegou a cair para 1,0352 mais cedo, o nível mais baixo desde janeiro de 2003, com os investidores digerindo as notícias sobre dois incidentes fatais, um na Turquia e outro na Alemanha.
O embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, foi baleado e faleceu em uma galeria de arte na capital do país, Ancara, na noite desta segunda-feira.
Apenas algumas horas depois, um caminhão invadiu uma feira natalina lotada no centro de Berlim, matando 12 pessoas e ferindo quase 50 outras, ato que o ministro do interior da Alemanha considerou possível ataque terrorista.
Enquanto isso, o dólar alcançou uma nova máxima de 14 anos frente a uma cesta das principais moedas do mundo, com os mercados concentrados na possibilidade de mais aumentos da taxa de juros no ano que vem.
O índice dólar, que mede a força da moeda em relação a uma carteira ponderada de seis das principais moedas do mundo, registrou alta de 0,5%, a 103,59, nas negociações da manhã, um nível inédito desde dezembro de 2002.
Observações otimistas sobre o mercado de trabalho americano feitas pela presidente do Fed, Janet Yellen, aumentaram as probabilidades de mais aumentos das taxas de juros no próximo ano.
Em seu discurso na cerimônia de formatura da turma do meio do ano na Universidade de Baltimore nesta segunda-feira, Yellen afirmou que os recentes avanços da economia criaram um dos mais fortes cenários do mercado de trabalho para os graduandos.
O discurso aconteceu apenas alguns dias após o banco central dos EUA aumentar as taxas de juros pela primeira vez no ano e projetar três outros aumentos em 2017, uma estimativa maior do que a de dois aumentos projetada em setembro.
No Japão, o dólar avançou 0,85%, a 118,12, frente ao iene, próximo de uma máxima de 10 meses e meio de 118,66, com o surgimento de novas compras após o Banco do Japão decidir por não alterar a política monetária na sua última reunião do ano nesta terça-feira.
O BOJ afirmou suas duas metas: 0,1% negativo de juros sobre reservas em excesso e 0% de rendimento nos títulos de 10 anos do governo. O banco central ainda melhorou a avaliação da economia pela primeira vez desde maio de 2015, destacando que "as exportações cresceram levemente".
O volume deve diminuir nos próximos dias, devido à chegada do natal e das festas de fim de ano.