Investing.com - O par euro-dólar registrou baixa pela 10ª sessão consecutiva na sexta-feira, com o presidente do Banco Central Europeu (ECB), Mario Draghi, prometendo manter estímulos até que se identifique que a inflação na zona do euro esteja autossustentável e, em meio a isso, a revelação Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), de que os membros do banco central americano concordaram, de forma geral, na reunião de política de 2 de novembro, que um aumento dos juros nos EUA seria apropriado "relativamente em breve", fortalecendo a moeda americana.
Draghi afirmou, nesta sexta-feira, que o ECB basearia a decisão sobre remover os estímulos em sua análise quanto se a recuperação da inflação pode se sustentar.
"Indo mais além, nossa avaliação dependerá de vermos um ajuste sustentado no caminho da inflação rumo a esse objetivo", disse Draghi à Conferência Bancária Europeia, em Frankfurt.
"E isso significa que a convergência da inflação em direção a 2% é durável, mesmo com uma redução na injeção de moeda. Em outras palavras, a dinâmica da inflação precisa ser autossustentável", explicou.
Às 7h53, o par EUR/USD registrava queda de 0,22%, a 1,0600, depois de atingir a mínima intradia de 1,0582.
Essa foi a 10ª sessão consecutiva de perdas, maior sequência desde a criação da moeda, em 1999.
Mesmo antes do discurso de Draghi, o par de moedas estava pressionado em virtude da força do dólar, após Yellen consolidar a ideia de que o Fed elevaria as taxas de juros em dezembro.
Em seu discurso preparado para o Comitê Econômico Conjunto do congresso dos EUA, quinta-feira, Yellen alertou sobre o perigo de se esperar muito para apertar a política monetária.
Yellen fez referência à reunião do Fed de 2 de novembro e afirmou que os decisores determinaram naquele momento que uma elevação dos juros poderia "ser apropriado relativamente em breve se os dados futuros fornecessem mais evidências de continuidade do progresso em relação aos objetivos do Comitê."
"Se o FOMC atrasasse demais o aumento da taxa dos fundos federais, poderia ser necessário apertar a política de forma relativamente repentina para impedir que a economia excedesse significativamente as metas de longo prazo da política do Comitê", alertou ela.
A moeda americana atingiu novas máximas de 14 anos frente a uma cesta de outras moedas nesta sexta-feira, registrando uma alta de 101,44 no pregão do dia. Esse representou o maior nível desde abril de 2003.
Às 9h54, no horário de Brasília, o índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mercado, apresentou alta de 0,26%, a 101,26.