Investing.com – O euro atingiu altas de uma semana e meia em relação ao dólar nesta terça-feira, após uma inesperada desvalorização do yuan pelo banco central da China ter levado os investidores a desfazer posições financiadas em euro com a moeda chinesa.
EUR/USD atingiu altas de 1,1086, o nível mais alto desde 31 de julho, e ficou em 1,1063, uma alta de 0,41%, para o dia.
A China ter desvalorizou o yuan em uma ação surpresa durante a madrugada na tentativa de ajudar os exportadores depois de uma recente onda de dados econômicos decepcionantes.
O banco central descreveu a medida como uma "depreciação não recorrente" de quase 2%, com base em uma nova forma de administrar a taxa de câmbio que reflita melhor as forças do mercado.
O euro atingiu altas de um mês e meio frente ao yuan, saltando 1,95%.
A moeda única também foi impulsionada após relatos de que a Grécia e seus credores internacionais chegaram a um acordo sobre um terceiro resgate.
A Grécia, que evitou uma saída da zona do euro no mês passado, precisa pagar a dívida de € 3,4 bilhões ao Banco Central Europeu até 20 de agosto.
A moeda única ignorou dados que mostraram que o sentimento econômico alemão piorou neste mês de forma inesperada.
O índice ZEW de sentimento econômico alemão caiu para 25,0 este mês, de 29,7 em julho. Os analistas esperavam que o índice subisse para 32,0.
Foi o menor nível em nove meses segundo o relatório, uma vez que as preocupações com a situação econômica e geopolítica global atual pesaram.
Enquanto isso, o índice ZEW de sentimento econômico da zona do euro subiu para 47,6 em agosto, de 42,7 em julho, acima das previsões de um aumento para 43,9.
O euro também subiu em relação à libra esterlina e ao iene, com EUR/GBP em 0,7089, e EUR/JPY avançando 0,40%, para 137,89.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, permaneceu estável em 97,19, ficando abaixo das altas de 97,64.
Inicialmente, o dólar subiu após a ação da China, uma vez que os investidores venderam outras moedas asiáticas.
Nos EUA, os dados divulgados nesta terça-feira mostraram que os custos unitários de emprego subiram mais que o esperado no segundo trimestre, ao passo que a produtividade não agrícola ficou abaixo das previsões.
O Departamento de Trabalho informou que os custos unitários de emprego aumentaram 0,5% nos três meses até junho, acima das previsões de um ganho de 0,1%
Em uma base ano a ano, a produtividade da mão de obra no setor de negócios não agrícola aumentou 1,3% no segundo trimestre, não alcançando as expectativas para um ganho de 1,6%.
A produtividade é uma das métricas que o Banco Central dos EUA (Fed) está observando, uma vez que o banco está considerando aumentar as taxas de juros em curto prazo.