Investing.com - O euro e o dólar norte-americano subiram em relação ao franco suíço na sexta-feira, um dia após um movimento inesperado por parte do Banco Nacional da Suíça para abandonar seu piso em relação ao euro, ao passo que a moeda estadunidense atingiu novas altas de 12 anos em relação ao euro antes da esperada flexibilização monetária (QE) por parte do Banco Central Europeu (BCE) até a semana que vem.
O euro registrou sua maior queda diária em relação ao franco suíço na quinta-feira, após o Banco Nacional da Suíça ter surpreendido os mercados ao descartar o piso de sua taxa de câmbio de 1,20 por euro que o banco impôs em setembro de 2011.
O banco central também reduziu as taxas de juros, pondo-as em território negativo, um movimento feito para dissuadir os investidores de comprar o franco.
O presidente do Banco Nacional da Suíça, Thomas Jordan, disse na quinta-feira que o piso da taxa de câmbio «havia protegido a economia da Suíça contra danos mais sérios», mas acrescentou que manter a política não era «sustentável ou sensato no longo prazo».
EUR/CHF foi negociado a 0,9930 na sexta-feira, subindo 1,75% no dia, após atingir uma baixa histórica de 0,8696 na quinta-feira, e encerrou a semana com perdas de mais de 17%.
USD/CHF subiu 2,25%, para 0,8586 na sexta-feira, recuperando-se de baixas de 0,7360 atingidas na sessão anterior. O franco suíço ainda encerrou a semana com ganhas de 15% em relação ao dólar.
O movimento surpresa indicou que o Banco Nacional da Suíça vê uma alta probabilidade de que o BCE implementará medidas de flexibilização quantitativa (QE) na sua próxima reunião, na quinta-feira.
Uma decisão provisória tomada na quarta-feira passada, que está susceptível a ser aceita pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, disse que o BCE tinha autorização de continuar com um programa de compra de títulos sem contestação legal.
EUR/USD caiu 0,55%, para 1,1567 na sexta-feira, após atingir baixas de 1,1461 no início do dia, o nível mais fraco desde novembro de 2003.
USD/JPY subiu 1,15%, para 117,46 na tarde de sexta-feira, recuperando-se de baixas de três nortunas de 115,84.
A política monetária diferente entre o Banco Central dos EUA (Fed), que está pronta para elevar as taxas de juros, e os bancos centrais da Europa e do Japão viu o dólar norte-americano ganhar força nos últimos meses.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,57%, para 93,05 e atingiu sua quinta semana consecutiva de ganhos, apoiado pela fraqueza do euro.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o resultado da reunião de definição de política do BCE, programada para quinta-feira, e a coletiva de imprensa pós-reunião do banco também será atentamente observada.
Enquanto isso, a China deve divulgar dados sobre o crescimento econômico, ao passo que o Banco do Japão e o Banco do Canadá também devem realizar reunião de política monetária.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 19 de janeiro
A Suíça deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
Na zona do euro, o Banco Central da Alemanha deve publicar seu relatório mensal.
Os mercados nos EUA devem permanecer fechados em virtude do feriado do Dia de Martin Luther King.
Terça-feira, 20 de janeiro
A China deve divulgar dados sobre o produto interno bruto (PIB), a medida mais importante da atividade econômica e um indicador do crescimento econômico. O país também deve produzir um relatório sobre investimento em ativos fixos, produção industrial e vendas no varejo.
O Instituto ZEW deve divulgar seu atentamente observado relatório sobre o sentimento econômico alemão, um indicador importante da saúde econômica.
O Canadá deve publicar dados sobre as vendas de manufaturados.
No final do dia, a Nova Zelândia deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
Quarta-feira, 21 de janeiro
A Austrália deve produzir dados do setor privado sobre o sentimento do consumidor.
O Banco da Japão deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. O banco realizará uma coletiva de imprensa após o anúncio.
O Reino Unido deve divulgar seu relatório mensal de emprego, bem como dados sobre a média salarial. Também na quarta-feira, o Banco da Inglaterra deve publicar sua ata da reunião de política monetária.
Os EUA devem divulgar dados sobre os alvarás de construção e sobre a construção de imóveis residenciais.
O Banco do Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e realizar uma coletiva de imprensa para discutir a decisão de política monetária. Enquanto isso, o Canadá deve publicar um relatório sobre as vendas por atacado.
Quinta-feira, 22 de janeiro
A Espanha deve divulgar dados sobre a taxa de desemprego.
O BCE deve anunciar a sua taxa básica de juros. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa pós-reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 23 de janeiro
A China deve publicar a leitura inicial do seu índice de produção industrial HSBC, um indicador econômico importante.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre a atividade do setor privado, ao passo que Alemanha e França devem publicar dados sobre o crescimento do setor privado.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país.
No final do dia, o Canadá deve produzir dados sobre as vendas no varejo e inflação ao consumidor.
Os EUA devem resumir a semana com dados preliminares sobre a atividade manufatureira e com um relatório do setor privado sobre as vendas de imóveis residenciais usados.