O dólar operou nesta segunda, 2, sem sinal único ante os principais rivais, em uma sessão com liquidez reduzida por conta do feriado de ano novo, que manteve mercados fechados nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão. O primeiro pregão do ano ocorreu com investidores atentos às perspectivas para a política monetária dos bancos centrais ao longo de 2023, incluindo a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) já neste ano.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 130,74 ienes, o euro recuava a US$ US$ 1,0672 e a libra tinha queda a US$ 1,2049. O DXY tinha baixa de 0,03%, a 103,494 pontos.
Para o Commerzbank, o dólar começa o ano pressionado, já que o mercado ainda não acredita nas afirmações dos dirigentes do Fed de que não cortarão a taxa básica de juros em 2023. O mercado revisou um pouco suas expectativas desde a última reunião do Fed, mas não substancialmente, avalia. Quanto ao euro, o banco alemão aponta que a região da moeda comum está enfrentando uma recessão. "No entanto, se for 'apenas' devido a um aperto da política monetária, não será tão prejudicial para o euro quanto teria sido uma recessão causada pela escassez de gás", afirma. O tema pressionou a moeda comum nos últimos meses, quando a chegada do inverno era vista como um temor, já que poderia afetar a atividade.
Em entrevista ao jornal croata Jutarnji List no fim de semana, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, voltou a afirmar que os juros na região precisam ficar mais altos para conter a inflação. "Não devemos permitir que as expectativas inflacionárias percam a ancoragem ou que os salários tenham um efeito inflacionário. Sabemos que os salários estão subindo, provavelmente em um ritmo mais rápido do que o esperado, mas devemos ficar atentos para que não comecem a alimentar a inflação", disse, acrescentando que pelas projeções de especialistas do Eurosistema, a recessão na zona do euro "provavelmente será curta e superficial".
E a partir deste domingo, 1º de janeiro de 2023, a Croácia se tornou oficialmente o 20º integrante da zona do euro, após ter implementado uma série de reformas na economia do país. Lagarde afirmou que o BCE vai garantir estabilidade de preço e estabilidade financeira: "Eu posso garantir que vamos continuar trabalhando duro como guardião do euro para ter a certeza de que teremos estabilidade de preço e estabilidade financeira, apesar dos choques e das dificuldades que todos nós estamos enfrentando".