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Moedas: dólar recua ante boa parte dos rivais, com Fed e BCs no radar

Publicado 31.01.2023, 15:36
© Reuters.  Moedas: dólar recua ante boa parte dos rivais, com Fed e BCs no radar
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O dólar recuou ante boa parte dos rivais nesta terça-feira, 31, com investidores em compasso de espera pela decisão monetária do Federal Reserve (Fed), que deve reduzir o ritmo de aperto de juros amanhã.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 130,21 ienes, o euro avançava a US$ 1,0869 e a libra tinha baixa a US$ 1,2320. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,17%, a 102,097 pontos. Na variação mensal, o índice recuou cerca de 1,40%.

Amanhã, 1º, o Fed divulga sua decisão de política monetária. Há pouco, o levantamento do CME Group aponta uma probabilidade de 98,9% de que o banco central aumente a taxa de juros em 25 pontos base.

Para o analista da Oanda Edward Moya, dados recentes dos Estados Unidos sugerindo que a tendência de desinflação deve permanecer, ao mesmo tempo em que a economia demonstra sinais de enfraquecimento, aumentam apostas de que o Fed deve cortar taxas de juros até o final do ano. "Wall Street está lentamente ficando confiante de que o aumento da taxa do Fed nesta semana pode acabar sendo o último neste ciclo de aperto", afirma Moya.

Investidores também devem acompanhar as decisões monetárias do Banco da Inglaterra (BoE) e Banco Central Europeu (BCE). De acordo com a Sucden Finantial, dados recentes de inflação em países da União Europeia - como Espanha e Suécia - espalharam preocupações sobre tendência inflacionária na zona do euro e incentivaram especulações de que o BCE deva manter sua postura hawkish.

Hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro apresentou crescimento melhor do que o esperado no quarto trimestre de 2022, mas também apontou deterioração da economia já no mês de dezembro, segundo a Capital Economics. A consultoria avalia que isso não deve mudar os planos de mais altas nos juros do BCE, incluindo uma de 50 pontos-base nesta quinta-feira. O banco ING analisou que operações de câmbio nesta semana deve ser marcadas por cautela frente a "múltiplos eventos de risco". "A volatilidade parece aumentar bastante acentuadamente durante o restante da semana", observou, em relatório a clientes.

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