O dólar se valorizou diante do iene e do euro, em dia de publicação de alguns dados sem direção única nos Estados Unidos. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do país, elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), veio mais forte que o previsto, o que apoiou a moeda norte-americana. No caso da moeda comum europeia, havia expectativa por corte de juros amanhã pelo Banco Central Europeu (BCE), enquanto no Canadá a moeda local ficou sob pressão, após o Banco Central do Canadá cortar sua taxa básica e sinalizar para mais relaxamento adiante.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 156,10 ienes, o euro caía a US$ 1,0875 e a libra tinha alta a US$ 1,2789. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,15%, a 104,268 pontos.
O PMI de serviços dos EUA medido pelo ISM subiu de 49,4 em abril a 53,8 em maio, ante previsão de 50,8 dos analistas ouvidos pela FactSet. O dado apoiou o dólar. Mais cedo, o PMI de serviços do país da S&P Global havia avançado de 51,3 em abril a 54,8 em maio, quando se esperava 54,7, enquanto o dado da ADP mostrou geração de 152 mil vagas no setor privado nos EUA, quando analistas projetavam 175 mil.
O Wells Fargo (NYSE:WFC) comenta que o dado do ISM mostrou que o recuo visto em março nesse indicador foi algo pontual, em quadro de atividade constante. O banco ainda nota que as novas encomendas apontam para demanda continuada, nesse segmento. A Oxford Economics, porém, ainda reafirma que o cenário deve desacelerar na economia americana à frente, na inflação inclusive, o que permitiria corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em setembro.
Amanhã, há ampla expectativa de redução de 25 pontos-base nos juros pelo BCE, como sinalizado por diversos dirigentes. Depois disso, há dúvidas sobre o que pode ocorrer, em quadro de inflação ainda arraigada também na zona do euro. Nesse quadro, há foco especial na entrevista coletiva da presidente do banco central, Christine Lagarde, após a decisão.
Nesta quarta, o BC do Canadá decidiu cortar sua taxa básica em 25 pontos-base, a 4,75%, e sinalizar para mais relaxamento, caso a inflação desacelere conforme esperado. Ao mesmo tempo, a instituição notou que tomará suas decisões a cada caso. Para a Capital Economics, o tom da comunicação de hoje torna um corte em julho como "já decidido". A consultoria projeta mais três reduções nos juros no país neste ano. No horário citado, o dólar subia a 1,3694 dólar canadense.