O dólar hoje avançou nesta sexta-feira, 1º de setembro, ante rivais fortes, encerrando sua sexta semana seguida de ganhos, após dados mistos dos Estados Unidos consolidarem perspectiva de resiliência da economia norte-americana ante enfraquecimento de pares desenvolvidos.
Por volta das 17 horas (de Brasília), o dólar avançava a 146,19 ienes, o euro recuava a US$ 1,0774 e a libra tinha queda a US$ 1,2587. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,60%, a 104,236 pontos, refletindo avanço de 0,15% na variação semanal. De acordo com a Convera, ao encerrar em alta pela sexta semana consecutiva o dólar marca seu melhor rali em mais de um ano.
Nesta manhã, o dólar operou com volatilidade enquanto investidores digeriam dados norte-americanos. Em um primeiro momento, a divisa se firmou no vermelho ao ser pressionada pelo relatório de empregos (payroll) dos EUA, que apontou arrefecimento nas pressões salariais e crescimento da taxa de desemprego, provocando ampliação nas expectativas de pausa no aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Segundo o ING, os dados também sustentam possibilidade de cortes nos juros já a partir de março de 2024.
Contudo, a moeda americana voltou a ganhar força e inverteu sinal, após a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, reconhecer alívio nas pressões inflacionárias, mas levantar dúvidas sobre o nível de restrição dos juros necessário para conseguir controlar a inflação no país. O movimento de alta acelerou com a divulgação das leituras de PMI industrial da S&P Global e do ISM, este último indicando possível retomada de pressões inflacionárias devido ao avanço no preço de commodities, conforme análise do PNC.
Para a Capital Economics, a "forma robusta" da economia dos EUA, especialmente em comparação ao enfraquecimento de boa parte das maiores economias mundiais, deve continuar apoiando tendência de alta do dólar, apesar da possível mudança na postura do Fed para uma política menos agressiva.
Assim, o dólar avançou também a 1,3602 dólares canadenses, no horário citado. Hoje, o Canadá informou que seu Produto Interno Bruto (PIB) recuou ao ritmo anualizado 0,2% no segundo trimestre, bem abaixo das expectativas de analistas consultados pelo FactSet, que esperavam avanço de 1,2%. Na visão da CMC Markets, o enfraquecimento da atividade canadense sugere que o BC do Canadá manterá os juros em 5% na próxima semana.