O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta segunda-feira, apoiado pela cautela entre investidores, depois da publicação de indicadores mais fracos que o esperado da China. Nesse quadro, mesmo dados modestos dos Estados Unidos não impediram a valorização em geral da divisa americana.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 133,29 ienes, o euro recuava a US$ 1,0167 e a libra tinha baixa de US$ 1,2060, e o índice DXY registrava alta de 0,83%, a 106,509 pontos.
A produção industrial da China cresceu 3,8% em julho, na comparação anual, quando analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta de 4,5%. As vendas no varejo do país avançaram 2,7% na mesma comparação, abaixo da expectativa de alta de 5,0%. Também Houve resultados abaixo em investimentos em ativos fixos, enquanto a taxa de desemprego entre os mais jovens bateu recorde da série histórica.
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) respondeu ao quadro com corte de juros, de 10 pontos-base, mas analistas em geral consideraram insuficiente essa medida. Alguns, como o TD Securities e o ING, revisaram em baixa suas projeções para o crescimento da China neste ano.
O ING afirmava ainda, ao analisar o mercado cambial, que alguns poderiam esperar um ganho de impulso em moedas de países ligados a commodities, como a Austrália, com o corte nos juros da China. O banco holandês dizia, porém, que isso não ocorria, diante da visão de que a economia chinesa ainda enfrenta dificuldades e "parece que não deve contribuir para nenhuma surpresa de alta para o crescimento global neste ano". Ao mesmo tempo, o ING dizia que o PBoC claramente entendeu a necessidade de mais estímulos e apontava que o dólar poderia romper a marca de 6,80 yuans, o que, caso ocorresse, poderia fortalecer a divisa americana em geral, para esse banco.
Na agenda dos EUA, o índice de confiança das construtoras recuou a 49 em agosto, ante previsão de 54 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O índice de atividade industrial Empire State, por sua vez, caiu a -31,3 em agosto, ante previsão de 5,0.
O dólar ainda caía a 134,5760 pesos argentinos, no horário citado, no mercado oficial. No câmbio paralelo, o chamado dólar blue recuava a 295 pesos, com investidores ainda à espera de mais medidas do governo na frente econômica, com Sergio Massa como novo ministro, que estariam em fase de finalização, segundo a imprensa local.