O euro se valorizou ante o dólar hoje, em uma recuperação da queda da véspera, quando foi punido pela sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que pode ter realizado ontem seu último aumento de juros dentro do atual ciclo de aperto monetário. A moeda americana operou mista entre os principais rivais, em meio a dados econômicos que superaram as expectativas nos EUA, enquanto o mercado mantém consolidada a expectativa de que a taxa de {{ecç-168||juros}} nos EUA seguirá estacionada na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) da próxima semana.
O índice DXY, que mede força do dólar ante cesta de moedas fortes, fechou em leve queda 0,08%, a 105,405 pontos. Na semana, o índice avançou 0,22%, acumulando a nona alta semanal. Por volta das 17h (de Brasília), o euro avançava a US$ 1,0665 e a libra recuava a US$ 1,2385, enquanto o dólar marcava alta a 147,83 ienes.
Para analistas da Capital Economics, é improvável que a sequência de ganhos do dólar dure muito mais. Segundo a consultoria, embora os esforços de Bancos Centrais para apoiar o yuan chinês e o iene japonês por si só não sejam suficientes para gerar uma reviravolta duradoura, provavelmente farão o suficiente para ganhar tempo até que as expectativas das taxas de juro dos EUA e os rendimentos dos Treasuries caíam e o dólar se desvalorize por sua própria vontade.
Na Europa, o euro subiu ante o dólar, em ajuste ao movimento da véspera. Diante da expectativa de que o ciclo de aperto monetário pode ter se encerrado na zona do euro, analistas começam a debater em qual momento virá um alívio. "Não esperamos um corte inicial de 25 pontos-base até o encontro de junho de 2024, quando a taxa deve ser reduzida para 3,75%, segundo o analista do Wells Fargo (NYSE:WFC), Nick Bennenbroek, em relatório desta sexta-feira. O Wells Fargo espera movimentos graduais de 0,25 pp por encontro no segundo semestre do próximo ano, direcionando a taxa de depósito para 2,75% no fim do próximo ano.
O presidente do banco central da Lituânia e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Gediminas Simkus, disse que o patamar de 4% da taxa de juros, nível que entrou em vigor na zona do euro, já cria um ambiente suficientemente restritivo no qual se pode esperar que a inflação diminua sistematicamente. O líder do BC da Estônia, Madis Müller, por sua vez, disse não esperar mais aumento de juros à frente, embora não tenha descartado completamente.