Mercado cripto encara liquidações em massa com queda do Bitcoin
O dólar operou em queda ante moedas rivais nesta sexta-feira, pressionada pela queda de 11 pontos no índice de confiança do consumidor norte-americano entre julho e agosto, medido pela Universidade de Michigan. A leitura contrariou a previsão de leve alta do mercado. Também foram divulgadas as expectativas inflacionárias nos Estados Unidos, que aceleraram para o período de 5 anos, segundo a instituição.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares fortes, fechou em baixa diária de 0,56%, e semanal de 0,30%, aos 92,518 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,56 ienes, o euro subia a US$ 1,1798, e a libra apreciava a US$ 1,3872.
O índice de sentimento do consumidor americano caiu para 70,2 neste mês, menor nível desde 2011, segundo destaca o ING, em relatório a clientes. O banco holandês afirma que o maior "culpado" pela queda no indicador foi o recrudescimento da pandemia de covid-19, enquanto o temor de alta inflação nos EUA também "desempenhou um papel".
Segundo a Universidade de Michigan, consumidores americanos agora esperam avanço de 4,6% nos preços em um ano, e de 3,0% em cinco anos, ante expectativas anteriores de 4,7% e 2,8%, respectivamente. O ING destaca que 47% dos domicílios afirmaram à pesquisa crer que a inflação vai exceder o crescimento da renda entre 1 a 2 anos no futuro, enquanto apenas 19% das famílias entrevistadas preveem o contrário.
Apesar da queda de hoje e preocupações quanto ao impacto da variante delta do coronavírus à economia americana, o ING se diz "levemente otimista" quanto ao dólar para a próxima semana, que contará com a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), cujo comunicado mostrou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) já vê sinais de "progresso" interno.
Com o início do tapering - como é chamado o processo de retirada gradual dos estímulos monetários - pelo Fed iminente, a Capital Economics afirma que o dólar ainda tem campo para apreciar ante rivais no curto prazo, em especial contra moedas tidas como seguras por investidores, como o iene japonês e o franco suíço. O avanço do dólar, segundo a casa, seria sustentado pela provável alta nos juros dos Treasuries após o anúncio do tapering do Fed.
Entre moedas emergentes, o rublo russo esteve entre os principais ganhadores do dia no confronto com o dólar, após o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre da Rússia avançar 10,3% na comparação anual. Já o peso argentino esteve entre as poucas divisas de emergentes que recuaram ante o dólar, reagindo à proibição do envio de dólares ao exterior para contas de terceiros em operações de compra e venda de títulos pelo Banco Central da República Argentina (BCRA). No horário citado anteriormente, o dólar recuava a 73,241 rublos e avançava a 97,1533 pesos.