O dólar se fortaleceu ante as moedas globais nesta quarta-feira, 17, em meio ao maior otimismo em relação ao impasse do teto da dívida e à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantenha a política monetária em nível restritivo por mais tempo. O aparente alívio na turbulência bancária também apoiou a moeda americana, após o Western Alliance reportar entrada de depósitos.
Por volta das 16h50, o dólar avançava a 137,65 ienes, depois que o Japão informou crescimento de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, na comparação anual.
Na análise do banco ING, a leitura do PIB maior que o consenso apoia a visão de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve estar perto de dar início ao aperto de política monetária. Segundo o Danske Bank, no entanto, o indicador teve efeito limitado no câmbio.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante as moedas mais fortes, fechou em alta de 0,31%, a 102,882 pontos. No entendimento do BBH, a divisa americana tem sido sustentada também por sinais de arrefecimento dos estresses bancários recentes, ainda que as ações de bancos regionais nos EUA permaneçam vulneráveis.
No fim da tarde, o euro caía a US$ 1,0845, após divulgação da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que acelerou levemente a 7% em abril, como confirmou a leitura final do indicador.
O dado corrobora a visão de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) que acham necessário manter o ciclo de aperto por mais tempo. O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou hoje, em discurso, que o crescimento econômico continua forte e a inflação, alta demais na zona do euro.
Também na Europa, a libra recuava a US$ 1,2494. Hoje, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, chamou atenção para a melhora no quadro econômico do Reino Unido. "Se houver evidências de mais pressões persistentes (de preços), mais aperto monetário será necessário", afirmou.
Ante moedas emergentes, o dólar avançava a 17,5917 frente ao peso mexicano, 231,669 ao peso argentino e 19,2777 ao rand sul-africano; e caía a 80,335 em relação ao rublo russo.