Moedas globais: dólar sobe ante rivais, antes de payroll e com libra fraca

Publicado 01.07.2021, 15:24
Atualizado 01.07.2021, 18:40
© Reuters.  Moedas globais: dólar sobe ante rivais, antes de payroll e com libra fraca

O dólar se fortaleceu ante moedas rivais nesta quinta-feira, 1º, no dia anterior à divulgação do relatório de empregos (payroll) de junho dos Estados Unidos. A expectativa de investidores é que o mercado de trabalho americano tenha registrado forte desempenho no mês. Enquanto isso, a libra se enfraqueceu, diante de comentários do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, que sinalizaram por menos acomodação monetária no Reino Unido.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares, avançou 0,17%, aos 92,597 pontos. Perto do fechamento dos mercados em Nova York, o euro recuava a US$ 1,1846, enquanto a libra tinha queda a US$ 1,3756 e o dólar acelerava a 111,58 ienes.

A TD Securities, em relatório enviado a clientes, crê que o dólar consolidará o seu nível atual na comparação com divisas rivais, após a divulgação do payroll de junho amanhã. "Achamos que o mercado de câmbio responderá com calma ao payroll, pois parte das esperanças de alta do mercado de trabalho dos EUA já parecem precificadas", diz o banco de investimentos.

O ING é menos otimista. O banco holandês estima que o relatório de empregos virá abaixo do consenso do mercado, podendo "jogar água fria" sobre o impulso recente do dólar. Segundo estimativas de analistas coletadas pelo Projeções Broadcast, é esperada criação de 500 mil a 1,05 milhão de vagas de emprego no EUA em junho. A mediana é de geração de 800 mil vagas.

Além da expectativa pelo payroll, investidores nos EUA acompanharam a divulgação de uma série de indicadores macroeconômicos. Entre eles, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país em junho ficou abaixo das expectativas. O dado enfraqueceu a divisa americana, mas o movimento não se sustentou.

Entre comentários de dirigentes de bancos centrais, o presidente da distrital da Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Patrick Harker, defendeu o início da retirada dos estímulos monetários nos EUA até o fim de 2021. Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a restrição à distribuição de dividendos na zona do euro deve ser revertida em setembro. Ela ainda afirmou que a variante delta do coronavírus impõe incerteza na recuperação econômica da região.

A libra registrou queda acentuada ante o dólar, em comparação às demais rivais. O tom cauteloso no discurso do presidente do BoE, Andrew Bailey, pode ter sido o gatilho para o movimento de baixa hoje, apontam analistas do Rabobank. O dirigente afirmou que a alta na inflação no Reino Unido deve ser temporária e que a instituição está preparada para ajustar sua política monetária, caso o avanço nos preços se sustente. "O tom dovish de Bailey provavelmente será espelhado pelo restante do Comitê de Política Monetária do BoE, especialmente após a saída do ex-economista-chefe Andy Haldane, o único que adotou postura hawkish na reunião da entidade neste mês", prevê o BBH em relatório.

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