O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta quinta-feira, em meio a declarações de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em geral reforçando a postura de aperto monetário para conter a inflação. Além disso, investidores se posicionavam na véspera do relatório mensal de empregos (payroll) de setembro nos EUA, e na Europa a libra seguia sob pressão.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 145,06 ienes, o euro recuava a US$ 0,9798 e a libra tinha baixa a US$ 1,1158. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 1,07%, a 112,258 pontos.
Entre os dirigentes do Fed, Neel Kashkari, presidente da distrital de Minneapolis, disse ver pouca evidência até agora de que a inflação tenha atingido seu pico. Segundo ele, é preciso manter o aperto monetário até que os preços apontem para a "direção certa", e só então pausar esse movimento do Fed. Presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester considerou que a inflação está "inaceitavelmente alta", enquanto Lisa Cook, do conselho, reforçou que a política restritiva será mantida até haver confiança de que a inflação está próxima de 2%. Charles Evans (Chicago), por sua vez, disse que na próxima reunião será decidido se o aumento nos juros será de 50 ou 75 pontos-base.
O aperto monetário do Fed tende a levar o dólar para cima. Com isso, o euro caiu mesmo em dia de ata do Banco Central Europeu (BCE). O documento mostrou que o BCE continua disposto a elevar mais os juros para conter a inflação, que tem batido recordes históricos na zona do euro.
Ainda na Europa, a libra voltou a cair. Continuava a influir a desconfiança entre investidores sobre o pacote fiscal do governo do Reino Unido. Com dificuldades em seu próprio Partido Conservador ante a proposta, a premiê Liz Truss também via sua popularidade cair. Segundo a Eurasia, há 25% de chance de que a primeira-ministra perca o posto antes do fim deste ano.