O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta segunda-feira, com a libra impulsionada por um recuo do governo do Reino Unido em boa parte de seus planos fiscais. Além disso, o euro subiu, com o Banco Central Europeu (BCE) reafirmando sua postura para conter a inflação.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 148,96 ienes, o euro avançava a US$ 0,9841, a libra tinha alta a US$ 1,1354. O índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais, fechou com baixa de 1,12%, a 112,039 pontos.
A libra se destacou, após o ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, anunciar que boa parte do pacote econômico do governo local será abandonada. Dias após assumir para tentar debelar a crise nessa frente, Hunt reafirmou o compromisso em não ampliar o endividamento público neste momento para financiar incentivos fiscais. A High Frequency Economics considerou que o governo local terá de anunciar ainda mais cortes no orçamento para equilibrar o quadro, mas disse que os mercados "parecem estabilizados" após a mudança de rumo no governo da premiê Liz Truss.
A Western Union afirmou que as notícias do Reino Unido apoiaram o sentimento dos mercados globais em geral. Ela ainda disse que o euro, como o dólar canadense, recuperava-se de quedas recentes. Entre os dirigentes do BCE, Joachim Nagel reafirmou o compromisso de lutar contra a inflação, enquanto relatos da imprensa diziam que o economista-chefe do BCE, Philip Lane, provavelmente proporá alta de 75 pontos-base nos juros na reunião de 27 de outubro, segundo fonte da Econostream Media.
Já a Capital Economics analisava em relatório a clientes o quadro do iene. Para a consultoria, o iene se aproxima dos 150 ienes por dólar, o que deve impulsionar a inflação subjacente no Japão a 2,5% no início de 2023, mais que os 2,0% que a Capital esperava anteriormente. Mas ela não acredita que, em quadro de "recessão na economia global", o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) responda com aperto monetário.
Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 152,5720 pesos argentinos, após no fim de semana o governo do país sul-americano anunciar a intenção de fazer mais ajustes em seu programa de preços, além de mudanças na alíquota do imposto de renda.