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Valorização do real vai depender de decisões do Banco Central americano sobre a taxa de juros

Publicado 01.04.2024, 17:18
Atualizado 02.04.2024, 15:54
© Reuters.  Valorização do real vai depender de decisões do Banco Central americano sobre a taxa de juros

O primeiro trimestre trouxe um gosto amargo para quem apostou na apreciação do real. Após fechar 2023 com queda de 8,08%, na casa de R$ 4,85, o dólar encerrou os três primeiros meses de 2024 com ganhos de 3,34% e acima dos R$ 5,00. Uma ala do mercado vê espaço para uma recuperação da moeda brasileira nos próximos meses, mas não se vislumbra a possibilidade de um dólar na casa de R$ 4,70 ou muito menos ao redor de R$ 4,50, como chegou a ser cogitado no fim do ano passado.

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Apesar dos ruídos políticos locais, o grande indutor da alta do dólar foi a mudança das expectativas em torno da política monetária americana. E são justamente as apostas tanto para o primeiro corte de taxa de juros pelo Federal Reserve quanto para o alívio monetário total nos EUA neste ano que terão papel preponderante no comportamento do real.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, lembra que em dezembro reinava a expectativa de que o BC americano começaria a cortar os juros em março, com redução total de cerca de 150 pontos-base ao longo de 2024. Indicadores de atividade e de inflação acima do esperado nos EUA, somados a falas mais conservadoras de dirigentes do Fed, levaram investidores a prever corte inicial em junho e redução total de 75 pontos-base.

"A expectativa era grande de apreciação do real no primeiro trimestre, sazonalmente mais favorável para a moeda. Além de o Fed poder cortar em março, o mercado contava com fluxo mais forte", afirma Damico, ressaltando que, apesar do saldo comercial expressivo, o real sofreu com a alta global do dólar e saídas da conta de capital.

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De fato, o índice DXY - termômetro do desempenho da moeda americana em relação a seis divisas fortes - encerrou o primeiro trimestre com valorização na casa de 3%. O dólar também avançou na comparação com a maioria das divisas emergentes, com raras exceções, como o peso mexicano.

"A economia americana mostra bom crescimento e tem taxa de juros atrativa, o que leva mais recursos para lá. É uma história de dólar forte no mundo, e não de real mais fraco, apesar dos riscos domésticos", afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. "O real deve se recuperar assim que houver mais certeza sobre a trajetória dos juros americanos, com taxa de câmbio caindo para perto de R$ 4,80."

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Fluxo

O impacto do fortalecimento global do dólar poderia ter sido mitigado por fatos capazes de atrair recursos ao País. Não foi o que aconteceu. A tentativa do governo Lula de emplacar nomes na direção da Vale (BVMF:VALE3) e a retenção de dividendos extraordinários da Petrobras (BVMF:PETR4) avivaram temores de ingerência do governo em empresas de capital aberto. Houve também receio de uma guinada populista do Planalto após a queda de popularidade de presidente, com eventual desidratação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o principal fiador do compromisso com a responsabilidade fiscal.

Dados da B3 (BVMF:B3SA3) mostram que os investidores estrangeiros retiraram neste ano (até 26 de março), R$ 23,574 bilhões da bolsa brasileira. Segundo o Banco Central, houve saídas líquidas de US$ 6,362 bilhões pelo canal financeiro até 22 de março. O fluxo total no período ainda foi positivo em US$ 5,335 bilhões graças à entrada líquida de US$ 11,697 bilhões via comércio exterior.

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"A sazonalidade indica um primeiro trimestre de fluxo positivo para a bolsa, mas houve saída de recursos. E isso atrapalhou o desempenho do real", afirma Damico, da Armor. "Embora a percepção seja de que Haddad ainda esteja forte, o conjunto de mensagens do governo piorou."

Damico não vê alteração relevante da taxa de câmbio no curto prazo, mas acredita na possibilidade de o real se recuperar ao longo do segundo semestre com o enfraquecimento do DXY, encerrando 2024 entre R$ 4,80 e R$ 4,90. Isso depende, sobretudo, de uma desaceleração dos indicadores de atividade e inflação nos Estados Unidos que dê confiança suficiente para o Fed começar a reduzir os juros em junho.

Para o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, o melhor momento para o real já passou e, na cotação atual, a moeda brasileira já está sobrevalorizada. Em um modelo que considera as três principais variáveis para formação da taxa de câmbio - diferencial de juros, preço de commodities e percepção de risco -, o dólar deveria estar em R$ 5,30.

"Não acho que o dólar vai para R$ 5,30. O modelo diz mais sobre a tendência do que sobre o nível. Mas os fundamentos sugerem um dólar para cima no Brasil", diz Padovani, acrescentando que, mesmo com todo o otimismo do ano passado, o dólar ficou pouco tempo na casa de R$ 4,70.

O economista ressalta que historicamente o diferencial de juros é a variável mais relevante para o nível da taxa de câmbio - e que, a combinação dos movimentos do Fed e do Banco Central não será, diferentemente do esperado pelo mercado, favorável ao real daqui para a frente.

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Padovani afirma que o BC ficou atrasado no processo de redução dos juros e vê espaço de a taxa básica descer até 9% neste ano, enquanto a curva de juros doméstica embute perspectiva de Selic ao redor de 9,75%. Já o Fed deve ser bem conservador, optando por corte de 0,25 ponto em junho, seguido por mais duas reduções de igual magnitude neste ano. "Os juros devem continuar caindo aqui, enquanto lá foram começam a cair em ritmo menor, o que aponta para um dólar mais pressionado", diz.

Últimos comentários

País inseguro dá nisso, o preço é alto, o investidor estrangeiro não colocar dinheiro aqui pra ganhar 2% a mais que na Europa ou China.
Isso mesmo! Depende da boca central do mula
Gado ouriçado!!! hahahahaha
Tá uma maravilha seu governo petista sem pandemia, vamos ver quando o petróleo bater os 120dls o que vai falar do governo do bozo
Se abaixar o juros no Brasil na canetada o dolar explode e as reservas cambiais vai embora a inflacao explode e segura a bolsa abaixo dos 100 mil pts.
O mula n para de gastar e aumentar imposto…. Daqui pra frente é só ladeira a baixo…
Um site de investimentos e o povo arrumando discussão política, cada um tem o que merece.
não te contaram??? investimento tem tudo a ver com política
Um governo que só aumenta os gastos de forma ineficiente e não fala um só minuto em diminuir despesas, penaliza quem produz (aumento de impostos) e voltamos ao período da grande corrupção. Realmente o problema deve ser lá fora... kkkkkk....
Se mantiver a taxa atual a dívida vai 🧨🎈☄️
por q será? kkkkkk
Culpa do Lula
Cada dia que passa esse site passa mais pano pro ladrãozinho de 9 dedos
A mesma conversa do gastar mais: tá cheio de economista de plantão que fica com celular na mão achando que entende de tudo....é simples: perdemosuns 150 anos no governo anterior muitos achando que o neoliberalismo milagroso resolveria alguma coisa. E pra variar qual foi o resultado é o legado deixado?
Da até medo perguntar diante de tanta perspicácia. Qual sua solução???
kkkk, nenhuma quantidade de evidências irá persuadir um imbecil
bebeu e veio falar besteira, deve ter encontrado com o Mula em algum bar antes de vir escrever algo desse tipo aqui!
Agora a culpa é do FED e não da lambança institucional brasileira, com esse governo gastando mais do que arrecada e expulsando investidores estrangeiros.
çeiiii....aqui nada !
🤣🤣😉Para que então um BC demite todo mundo e segue o BC de outro país
porque SEMPRE as decisões daqui dependem da de lá.Fechar aqui é NÃO TER POLÍTICA MONETÁRIA e oficializar o título de colônia
Com um governo fraco que só sabe subir imposto e não corta gastos nenhum.. Só depende mm dos EUA o dólar desvalorizar
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