Berlim/Frankfurt (Alemanha), 13 ago (EFE).- A montadora alemã
Volkswagen (VW) prevê adquirir até o final do ano 42% da fabricante
de veículos esportivos Porsche e conseguir a fusão gradual das duas
companhias em um consórcio integrado até 2011.
Fontes da VW relataram o planejado após a aprovação do
acordo-base para criar um consórcio integrado pelos Conselhos de
Supervisão de ambas as partes.
Para isso, se prevê um aumento de capital de US$ 4,717 bilhões
sobre o valor total da Porsche de US$ 17,726 bilhões, segundo fontes
da fabricante de veículos esportivos.
Com sede em Stuttgart (sul), a Porsche deu o sinal verde ao plano
hoje, horas depois que a VW o fizesse em Wolfsburg (norte), o que
libera o caminho para a criação desse grupo.
Assim, a Porsche AG se transformará na décima marca da maior
montadora da Europa.
Para o executivo-chefe da Volkswagen, Martin Winterkorn, a
Porsche é "o enriquecimento ideal" para seu consórcio e a operação
significará para ambas as partes entrar em "uma nova era muito
promissora".
Winterkorn assegurou que a Porsche manterá sua independência como
marca, com sede em Stuttgart, e afirmou que seu elenco está
garantido.
De acordo com os planos em curso, o atual executivo-chefe da VW
será o presidente da nova empresa integrada e também da Porsche
Automobil Holding SE.
Há alguns dias, Winterkorn disse que o novo consórcio poderia se
chamar Auto-Union. Este é o mesmo nome da antiga montadora alemã que
deu origem à atual Audi, marca controlada pela Volkswagen.
Com a criação de um consórcio automobilístico integrado, que
produza veículos pequenos, de alto luxo, esportivos e caminhões, se
cumpre o sonho do presidente do conselho de administração da VW,
Ferdinand Piëch, também proprietário da Porsche.
A Volkswagen é a maior fabricante automobilística da Europa com
nove marcas, entre elas Audi, Skoda e Seat, 370 mil funcionários.
A Porsche só tem uma marca e 12.202 funcionários. No final de
julho, a empresa demitiu seu executivo-chefe, Wendelin Wiedeking,
pelo fracasso da tentativa de assumir o controle da VW, em operação
na qual a fabricante de esportivos se endividou fortemente. EFE