Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Após a divulgação de dados prévios pela Gol (BVMF:GOLL4), analistas demonstraram surpresa positiva em relação aos números e expectativas otimistas para o balanço, que seve ser divulgado em 27 de abril. A Gol anunciou que a margem Ebitda no primeiro trimestre deste ano está estimada em aproximadamente 24%. Já o lucro por ação (LPA) está previsto em R$0,601.
A receita unitária de passageiros (PRASK) deve ser 36% maior do que a do mesmo período do ano anterior, “impulsionada pela recuperação contínua na demanda de viagens de lazer combinada com um aumento em viagens internacionais”, informou a Gol.
Já o custo unitário ex-combustível deve aumentar em cerca de 11% na mesma comparação. Os custos unitários com combustível devem subir 32% em relação ao 1T22, impactados pelo aumento do preço médio do querosene de aviação.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) enxergou o anúncio como positivo diante de tendências de receita unitária ainda fortes. Segundo os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, isso pode indicar “que o mercado no Brasil continua racional e as empresas estão conseguindo continuar recuperando a lucratividade pós-pandemia”. Por outro lado, o GS mantém preferência pela Copa dentro da cobertura de companhias aéreas da América Latina, que avalia ter uma melhor dinâmica competitiva e um balanço mais leve. Mesmo assim, recomenda compra dos papéis da Gol, com preço-alvo para as ações preferenciais em R$12,80.
Já o Itaú BBA apontou, também em relatório, que os resultados vieram acima das projeções consensuais. Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano detalham que receita e Ebitda foram superiores ao esperado diante de melhoria do tráfego nos mercados doméstico e nas rotas internacionais. De acordo com o Itaú BBA, o yield implícito teria apresentado estabilidade no período, com aumento anual de 32%, o que reforça a visão dos analistas “de que o setor continua racional em termos de preços de passagens aéreas”. O Itaú BBA possui classificação market perform para a Gol, com preço-alvo de R$22 para as ações preferenciais e de US$8,5 para as ADRs.
Já os analistas do Santander (BVMF:SANB11), por sua vez, afirmaram em relatório que ficaram surpresos de forma positiva “com a continuidade do forte ambiente de demanda no 1T23, evidente na expansão sequencial da receita unitária, que levou ao Ebita acima do esperado na margem”, reforçam Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem. O Santander conta com recomendação neutra para as ações da Gol, com preço-alvo de R$9,30.
Às 14h40 (de Brasília), as ações preferenciais da Gol recuavam 1,28%, a R$6,93.