Investing.com – O cenário macroeconômico deve ser desafiador para as companhias aéreas em 2023, mesmo que as empresas passem por um processo de recuperação após a pandemia de covid-19. Com perspectiva de crescimento da economia mais lento, prejudicando a receita, custos mais altos, como a média do brent, e índices de alavancagem elevados, as perspectivas ainda demonstram necessidade de cautela. A avaliação é da XP Investimentos (BVMF:XPBR31), que atualizou as projeções e manteve as classificações de Azul (BVMF:AZUL4) e Gol (BVMF:GOLL4) em ‘neutra’.
De acordo com os analistas Pedro Bruno, Lucas Laghi e Matheus Sant'anna, ainda que os valuations e o consenso tenham foram corrigidos, com queda de mais de 50% dos papéis nos últimos 12 meses, o setor aéreo enfrenta desafios como custos implícito em preços cambiais e de petróleo significativamente mais elevados.
Na visão dos analistas, esses fatores devem dificultar a retomada de patamares mais robustos de rentabilidade, principalmente diante de juros altos no Brasil.
A XP prefere a ação da Azul, que estaria sendo negociada a 6,0x EV/EBITDA, cerca de 30% abaixo de sua média histórica de 8,8x, enquanto a Gol negociaria a 5,7x, ou 15% abaixo da média histórica de 6,7x.
A XP possui recomendação neutra para as ações da Azul, que considera o nome preferido no setor aéreo brasileiro, com preço-alvo revisado de R$30 para R$ 14 por papel.
Em relação à Gol, com classificação também neutra, o preço-alvo passou de R$22 para R$9,10 por ação.
Por volta das 17h05, as ações preferenciais da Azul recuavam 4,03%, a R$11,19. Enquanto isso, as ações PN da Gol despencavam 5,06%, a R$7,50.