Investing.com — Com fluxo de caixa robusto e valuation descontado, o banco JP Morgan elevou as ações da Petrobras (BVMF:PETR4) de neutra para overweight, que corresponde à recomendação de compra. O preço-alvo para as ações ordinárias passou de R$43 para R$49, o das preferenciais saiu de R$40,50 para R$46,50 e o das American Depositary Receipts (ADRs) foi revisado de US$16,50 para US$19.
O banco ajustou suas classificações no setor de petróleo e gás em um cenário mais conservador e destacou a petroleira brasileira como um produtor de baixo custo, capaz de proporcionar rendimentos atrativos mesmo com uma cotação da commodity mais baixa.
Essa característica, de acordo com os analistas Rodolfo Angele, Milene Clifford Carvalho e Henrique Cunha, pode gerar sólidos rendimentos de fluxo de caixa livre.
Como as junior oil têm demonstrado resultados considerados como insuficientes no curto prazo, a estatal ganha as atenções.
O banco segue demonstrando preocupação com eventuais mudanças estratégicas que possam pressionar o fluxo de caixa no futuro, como medidas relacionadas ao aumento do capex ou fusões e aquisições.
No entanto, esses receios são menores no curto prazo, pois o governo precisa dos dividendos da Petrobras em meio ao risco fiscal.
“Além disso, a nova administração tem respeitado até agora as políticas de preços e dividendos”, destaca o JP Morgan.
O banco estima dividendos mínimos, mas pondera que há “uma boa probabilidade de que os dividendos reais sejam significativamente superiores ao mínimo - potencialmente tão alto quanto os rendimentos do FCF da empresa”, completa o banco, que vê a empresa negociando a 2,7x 2025 EV/EBITDA com rendimentos de FCF em 19,0%.
Além da Petrobras, Prio (BVMF:PRIO3) e Vista são as top picks na cobertura de petróleo e gás na América Latina.