Investing.com – Passando o momento de crise hídrica causada pela estiagem nos anos de 2020 e 2021, que elevou os preços de energia elétrica, os reservatórios estão abastecidos após dois anos de forte hidrologia. Com patamares mais confortáveis, estimados em torno de 87,1% da capacidade – indicador visto anteriormente somente em 2011, os preços da energia caíram aos níveis mínimos no final de 2021 e seguem desta forma. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco BTG (BVMF:BPAC11) afirma que possui uma visão pessimista para os preços, tendo em vista que eles são muito correlacionados com hidrologia e demanda. “Como nós não vemos sinais significativos de retomada da demanda no curto prazo e os reservatórios estão ainda em patamares bastante confortáveis, acreditamos que o preço da energia seguirá abaixo da bomba barrando um evento de cisne negro na próxima estação chuvosa”.
O BTG reduziu as projeções de preço de energia convencional para R$ 70/MWh para 2023, R$ 100/MWh para 2024 e R$ 130/MWh para 2025. Antes, a estimativa era de R$ 150/MWh para o período entre 2023 e 2025. Segundo os analistas Joao Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende, a Eletrobras (BVMF:ELET3) estaria mais exposta a oscilações nos preços de energia, tendo em vista que sua energia descontratada estaria em 16% em 2023, sendo elevada de forma gradativa para 72% em 2027. Enquanto isso Engie (BVMF:EGIE3), Auren e AES Brasil (BVMF:AESB3) estão altamente contratadas para esse semestre – sendo Auren o destaque positivo nos termos formalizados.
O banco BTG possui recomendação de compra para Eletrobras, com preço-alvo de R$53, para Auren, a R$17, e Omega, a R$15.
Além disso, conta com classificação neutra para Engie e AES, com preço-alvo de R$44 e R$12, respectivamente.
Às 11h50 (de Brasília), as ações ordinárias da Eletrobras subiam 0,73%, a R$35,86, as da Auren recuavam 0,35%, a R$14,09, e as da Omega ganhavam 1,60%, a R$10,14. Os papéis da Engie tinham elevação de 1,06%, a R$42,77 e os da AES apresentavam acréscimo de 0,33%, a R$12,18.