Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Desde o começo de 2022, o Banco Central já elevou cinco vezes a taxa básica de juros, elevando a taxa Selic a 13,75% ao ano. Isso foi bem recebido pelos investidores de renda fixa graças às taxas dos títulos em patamares atraentes. Para a XP (BVMF:XPBR31), esse cenário deve continuar, uma vez que as expectativas para os juros futuros se encontram acima do previsto em janeiro.
Para ilustrar o efeito que o avanço da Selic teve na renda fixa, a XP aponta que uma NTN-B com vencimento em 2035 pagava aos investidores IPCA + 5,2% em janeiro e hoje o rendimento se aproxima de IPCA + 5,9%.
A XP explica que a expectativa de que o juros permaneça elevado no futuro próximo está relacionada aos fatores de risco que se apresentaram nos últimos meses, em especial a guerra na Ucrânia e a consequente elevação na inflação global, a busca pelo controle do avanço dos preços pelos bancos centrais através da elevação de juros e maiores preocupações fiscais no Brasil, à medida em que nos aproximamos das Eleições.
A corretora destaca que, quando há uma elevação da expectativa sobre títulos de renda fixa, principalmente os prefixados e atrelados à inflação, a tendência é que os preços dos ativos caiam, o que abre uma oportunidade interessante para os investidores comprarem produtos mais baratos e com valorização mais alta ao longo do tempo.
Porém, esse cenário ainda não está sendo refletido nos títulos de renda fixa, segundo a XP. Taxas pré-fixadas acima dos 12% ao ano não se sustentam por muito tempo e as previsões do Boletim Focus já indicam uma Selic abaixo dos 10% a partir de 2024.
Assim, a XP aponta que há uma tendência de estabilização e queda das taxas de juros, que provavelmente deve começar a acontecer após o fim do ciclo de altas da Selic e as eleições que definirão a próxima equipe econômica do governo.