Investing.com – Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA rebaixou as ações da AES Brasil Energia (BVMF:AESB3) para underperform, Auren (BVMF:AURE3) para market perform e manteve a classificação de outperform para Engie (BVMF:EGIE3).
Segundo os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, a AES Brasil é a mais sensível às mudanças nos preços de energia e há desafios frente as perspectivas de curto prazo para a companhia devido à alta alavancagem e Selic elevada. O Itaú BBA enxerga baixo pagamentos de dividendos para 2023 e 2024.
Em relação à Auren, os analistas afirmaram que a empresa possui contratações entre o período 2023-2025, mas deve ter maior exposição aos preços mais baixos de energia a partir de então. Os analistas acreditam que que investidores podem ficar mais otimistas se a empresa anunciar dividendos mais robustos, visto que “as perspectivas de crescimento parecem pouco inspiradoras”, dizem em relatório.
Sobre a Engie, os analistas consideram dentre as três analisadas a menos sensível a mudanças nas premissas de GSF (Generation Scaling Factor, medida de risco da relação entre o volume de energia e a garantia física das usinas) e preços de energia devido ao hedge e exposição a outros negócios. O Itaú BBA vê um 2023 marcante, projetando forte crescimento do lucro por ação. Um LPA maior ocorreria devido ao “início dos projetos, menores despesas financeiras de concessões a pagar e o anúncio de dividendos muito maiores, atingindo um rendimento de dividendos de 12%”, completam.
O Itaú BBA possui recomendação de underperform para AES, com preço-alvo de R$9,2. Para Auren, a classificação é market perform, com preço-alvo de R$ 15,7. Já a Engie Brasil é considerada outperform, com preço-alvo de R$46,1.
Às 14h40 (horário de Brasília), as ações da AES subiam 0,11%, a R$9,33, enquanto as da Auren recuavam 1,74%, a R$14,09 e as da Engie caíam 1,09%, a R$37,39.