Investing.com – Ao avaliar o segundo trimestre de companhias mineração, siderurgia, papel e celulose, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) apontou a Vale (BVMF:VALE3) como destaque positivo diante de um período pouco inspirador para o setor. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a XP reforçou que espera que a companhia reverta parte da elevação dos custos caixa do minério de ferro, especialmente diante de maior produção projetada para o segundo semestre.
Segundo os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, a tendência seria de maior diluição dos custos fixos. “A Vale precisará reduzir os custos caixa C1 em 8-15% no segundo semestre frente ao primeiro semestre deste ano para cumprir seu guidance revisado, com custos unitários mais elevados impulsionados por um real apreciado, que, em nossa opinião, ainda é alcançável neste ponto, embora desafiador”.
Expectativa para o setor
O documento ainda indica que a CSN (BVMF:CSNA3) deve apresentar menores custos da divisão siderúrgica, “principalmente devido à normalização das operações da UPV que impactou a produção durante o trimestre”, o que pode compensar de forma parcial o cenário de preços pressionados para produtos de aços planos, o que tende também a afetar a Usiminas (BVMF:USIM5), cujo trimestre tende a ser desafiador.
A expectativa da XP é de que as margens da CBA sigam em patamares baixos, considerando “mix de preços mais baixos do alumínio e instabilidade operacional nas salas fornos que impactou os custos”, completam os analistas.
Às 13h30 (de Brasília) desta quinta, 24, as ações da Vale recuavam 1,44%, a R$62,15, enquanto as da CBA perdiam 0,94%, a R$4,20. CSN caíam 2,61%, a R$11,94 e os papéis PNA de Usiminas registravam baixa de 0,73%, a R$6,85.
Hoje, o minério de ferro mais negociado em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian da China fechou o pregão em recuo de 0,9%, a 811 iuanes (111,39 dólares) por tonelada.