Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Em relatório recente, a Teva Indices mostrou como os fundos imobiliários (FII’s) estão apresentando uma recuperação rápida após o tombo do ano passado causado pela pandemia. Ao passo que os fundos de papel foram escolhas resilientes no período, o impacto nos de tijolo criou uma oportunidade de preços das cotas.
“Apesar de ter tido uma queda grande, principalmente no primeiro semestre de 2020, muita coisa se recuperou no próprio ano de 2020 em relação aos dividend yields. Em 2021, boa parte dos fundos já estão bons ou um pouco abaixo, mas ainda há bastante espaço para a valorização das cotas”, diz João Fernandes, Quantitative Research Manager na Teva Indices.
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O analista explica que a diferença na retomada dos fundos, principalmente entre os de papel e os de tijolos, está relacionada com a composição de cada um. Segundo Fernandes, os FIIs de tijolos são mais sensíveis aos ciclos econômicos, então quando há uma desaceleração como a que aconteceu no ano passado, os inquilinos renegociam seus contratos, o que impacta nos dividendos e no valor das cotas.
“Quando você olha para os fundos de papel, eles não são muito negociáveis. Como eles são lastreados em CRIs ou LCIs, por exemplo, não tem muito o que fazer; ou título dá default ou ele vai te pagar o que ele prometeu”, diz Fernandes.
Gabriel Verea, sócio fundador da Teva Indices, complementa ao afirmar que os FIIs de papel “podem oferecer um perfil de crédito privado e é um investimento defensível”.