Lula diz que espera encontrar com Trump e que enviou carta convidando para COP30
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que não pretende renunciar ao mandato. Ele voltou a apoiar as tarifas impostas ao Brasil pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano) e declarou que trabalha por mais sanções como a aplicada ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ainda que pode passar décadas fora do Brasil.
O congressista afirmou que acredita que uma anistia ampla a Bolsonaro e aliados poderia reverter o momento institucional e melhorar a relação com os EUA: “Para resolver essa crise, a gente tem que dar uma sinalização aos norte-americanos. A melhor maneira, na minha sugestão, é a anistia ampla, geral e irrestrita. Isso colocaria o Brasil numa boa condição na mesa de negociações junto ao governo dos EUA”, disse em entrevista ao blog Bela Megale, no jornal O Globo, publicada nesta 4ª feira (6.ago.2025).
“Não sou eu que levo a mensagem que sou responsável por essas tarifas, mas sim o conjunto da obra feito no Brasil que é liderado pelo ministro Alexandre de Moraes” declarou. “Até agora nenhum fazendeiro ou produtor agrícola me ligou para dizer que eu deveria parar com as minhas ações. Pelo contrário. Tenho recebido parabéns e tido muito apoio nas redes sociais. As pessoas entendem que há um sacrifício a ser feito e que o pior mal é essa ditadura de toga comandada pelo ministro Alexandre de Moraes”, disse.
Ao falar sobre trabalhar para que haja mais sanções a autoridades brasileiras, Eduardo declarou: “Trabalho sim, neste sentido. Estou levando a prisão [de Bolsonaro] ao conhecimento das autoridades norte-americanas e a gente espera que haja uma reação. Não é da tradição do governo Trump receber essa dobrada de aposta do Alexandre de Moraes e nada fazer. O que eles vão fazer, eu não sei”.
Sobre a sua posição política e o futuro eleitoral, Eduardo declarou que não pretende renunciar ao mandato de deputado federal. Ele afirmou que vai enviar ofício à Câmara dizendo que é alvo de perseguições. “Vou apresentar e, se eles decidirem por não reconhecer os meus argumentos, será mais uma demonstração de que eu sou vítima desse sistema. Posso garantir que eu não vou renunciar”, disse.
Ele afirmou que a sua prioridade é “tirar Alexandre de Moraes da equação”.
Eduardo defendeu o impeachment do ministro do Supremo, a quem classificou como “psicopata”. O congressista disse ainda que pretende conseguir a anistia e viabilizar o seu retorno ao Brasil, pois acredita que seria preso neste momento: “Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui, décadas em exílio. É o que eu estou assumindo, estou aceitando esse risco, porque eu acho que vale a pena”.
Eduardo não entrou em detalhes sobre o tipo de visto que utiliza nos Estados Unidos, mas afirmou que tem condições de viver legalmente no país. Ele ainda confirmou ter recebido R$ 2 milhões do pai, dizendo que foi ajuda pessoal. O congressista disse que não depende do salário de deputado e não vê problema no repasse.
O congressista declarou que e só vai concorrer à Presidência em 2026 se tiver o apoio do pai.
“Essa é uma decisão que passa pelo presidente Bolsonaro. Mas, antes, tenho que ter sucesso nessa questão de resgate da normalidade democrática no Brasil e no isolamento do Alexandre de Moraes, na anistia, em todas essas pautas. Porque isso daria tranquilidade para eu voltar ao Brasil sem ser preso. Se, nesse cenário, Jair Bolsonaro quiser me apoiar, eu sairia candidato a presidente da República”, disse.