’Hugo nem se importa’ e Janja na ’Fab Uber’: vídeos gerados por IA repercutem na política

Publicado 03.07.2025, 07:22
Atualizado 03.07.2025, 10:40
© Reuters 'Hugo nem se importa' e Janja na 'Fab Uber': vídeos gerados por IA repercutem na política

Vídeos falsos gerados por inteligência artificial têm repercutido no embate entre governistas e oposição após a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Entre os alvos, estão o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O presidente da Câmara inspira um personagem chamado "Hugo Nem Se Importa". Os vídeos que satirizam Motta são ambientados em um jantar com empresários, parodiando um encontro real entre o presidente da Casa e aliados na segunda-feira, 30 de junho.

Janja é alvo de um deep fake que simula a primeira-dama empunhando sacolas de marca de luxo. Em uma imagem produzida por inteligência artificial, Moraes e Janja tomam espumante dentro de um avião.

"O Congresso já decidiu: nada te taxar vocês. Agora, congelar o salário mínimo? Aí a gente faz com gosto", afirma o personagem "Hugo Nem Se Importa" em um dos vídeos compartilhados. "Podem beber e comer à vontade, reembolso é para isso mesmo: para degustar o suor do povo", diz o personagem em outra montagem. Segundo reportagem do portal Metrópoles, Motta pediu reembolso de R$ 27 mil à Câmara por um jantar com aliados em outubro de 2023.

O deep fake de Janja ironiza um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou a primeira-dama e Moraes, também noticiada pelo Metrópoles. A aeronave ao fundo do vídeo tem a estampa "FAB Uber (NYSE:UBER)". "É muito bom ser primeira-dama, uma vida dos sonhos, viajando o mundo às suas custas", diz a montagem de Janja produzida por inteligência artificial. Em 25 de junho, em uma decisão inédita em três décadas, o Congresso derrubou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentou as alíquotas do IOF.

Os parlamentares que votaram pela derrubada do decreto argumentam que o fizeram para impedir o aumento da carga tributária. Por outro lado, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo federal, argumenta que, segundo a Constituição, a mudança das alíquotas do IOF é uma prerrogativa exclusiva do Poder Executivo.

Enquanto o governo federal judicializa a causa no STF, a base de apoio aumentou o tom contra a oposição, investindo nos motes do "nós contra eles" e de congressistas "inimigos no povo".

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