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STF indica que benefícios de delação da JBS só podem ser alterados na sentença

Publicado 22.06.2017, 09:06
© Reuters. Empresário Joesley Batista deixa prédio da Polícia Federal em Brasília
JBSS3
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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá confirmar nesta quinta-feira que os benefícios da delação premiada dos executivos da JBS (SA:JBSS3), que implicou o presidente Michel Temer, não poderão ser revistos neste momento, mas apenas na definição da sentença, quando será avaliada a eficácia das informações e provas prestadas pelos delatores.

No julgamento iniciado na quarta-feira, quatro ministros indicaram apoiar essa tese: em votos, o relator Edson Fachin e o mais novo integrante do STF, Alexandre de Moraes; em intervenções durante a sessão, Luiz Fux e Celso de Mello, o decano do STF, mostraram-se favoráveis a esse entendimento.

Fora do julgamento, entretanto, dois ministros também já sinalizaram apoio à tese. O ministro Marco Aurélio Mello afirmou, em entrevista após a sessão de quarta, ser um "delírio" anular a delação da JBS nesse momento da investigação. O ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, afirmou no mês passado em entrevista à Folha de S.Paulo que um acordo de colaboração, como o da JBS, não pode ser revisto após ter sido homologado.

Dessa forma, haveria uma maioria de pelo menos seis dos 11 ministros favoráveis a manter os termos da delação da JBS. Segundo uma fonte familiarizada com o caso, Fachin considera que ainda terá como voto a favor da sua tese ao menos o da presidente do STF, Cármen Lúcia.

A delação do empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, serviu como base para inquérito autorizado pelo STF contra o presidente Michel Temer por suspeita dos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

© Reuters. Empresário Joesley Batista deixa prédio da Polícia Federal em Brasília

Os advogados de Temer questionam os benefícios concedidos aos executivos da JBS no acordo de delação, uma vez que os empresários foram liberados de qualquer punição penal.

O julgamento será retomado nesta quinta-feira com o voto de Roberto Barroso. Até o momento, indicaram posição favorável à revisão do acordo de delação, antes da sentença, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

O STF também deve confirmar nesta quinta, por uma maioria sólida, podendo ser até por unanimidade, o ministro Edson Fachin como relator do caso da JBS na Corte.

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