O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comparou devedores da Receita Federal a detentos. Em uma entrevista ao programa Canal Livre, da Band, que foi ao ar em 17 de setembro, o chefe da equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) foram “travados” no governo de Jair Bolsonaro (PL) e que, a partir de então, julgamentos favorecem pagadores de impostos que devem à União.
“É a mesma coisa que você pegar 4 delegados e 4 detentos para julgar um habeas corpus, sendo que o empate favorece o detento. Era isso o Carf”, afirmou o ministro.
Contribuinte que questiona a toda poderosa Receita Federal = detesto (criminoso condenado).Bela comparação, Fernandinho… pic.twitter.com/oS5uLAXYT9
— AlexandreSchwartsman (@AlexSchwartsman) September 25, 2023
Haddad havia sido questionado sobre os recursos de julgamentos pendentes no Fisco serem considerados na estimativa do Orçamento de 2024. Depois a analogia, ele disse que o cálculo considera o pagamento de 10% dos processos que estão em tramitação, ou seja, R$ 54 bilhões.
Segundo o ministro, o conselho tem mais de 100 mil processos, dos quais 126 concentram R$ 600 bilhões de litígio. “Temos estoque de R$ 1 trilhão e R$ 300 bilhões [em litígio]. Queremos, até o fim do ano que vem, julgar entre R$ 500 e R$ 800 bilhões”, completou.
O Poder360 tentou contato com o ministro, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.