O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (14.set.2023) que pode convidar o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para aumentar a mistura de biodiesel no diesel para até 14%. Em evento sobre o tema no Palácio do Planalto, defendeu ser possível fazer o aumento da produção e que o Brasil pode se tornar uma potência mundial em produção de combustíveis verdes.
“Quem sabe a gente tenha que convidar outra vez o conselho de política energética e quem sabe a gente aumente de 12% para 13%, de 12% para 14%. Porque tá provado que é possível a gente aumentar a produção”, declarou.
Lula disse ainda que o Brasil não deve depender de outros países dizerem se é ou não possível aumentar essa mistura e afirmou que deve enviar um projeto para o Congresso com a proposta.
“Nós não temos que depender de alguém dizer se a gente pode ou não. É uma decisão do governo brasileiro com a aprovação de projeto que mandaremos para a Câmara e para o Senado para que o Brasil tome conta do seu nariz”, disse.
Segundo ele, o país pode se tornar para os combustíveis limpos o que o Oriente Médio representa para a produção de petróleo.
“A natureza de um lado e a irresponsabilidade do ser humano do outro, de tanto desmatar o planeta e de tanto poluir o planeta, está dando uma nova chance ao Brasil. A chance de que a gente pode se transformar em uma coisa tão ou mais importante do que o oriente médio é para o petróleo, a gente pode ser para os combustíveis renováveis”, afirmou.
O petista encaminhou nesta 5ª (14.set) o projeto de lei do Programa Combustível do Futuro para a Câmara dos Deputados. O texto foi elaborado pelo Ministério de Minas e Energia e visa a descarbonizar a matriz de transportes brasileira.
O texto estabelece ações nas áreas de automóveis individuais, transporte de carga e aviação. Uma das ações é aumentar o limite máximo de mistura de etanol anidro na gasolina comum, passando dos atuais 27,5% para 30%.
No diesel, o ritmo de elevação da adição de biodiesel é de 1 ponto percentual a mais por ano. Hoje, tem na mistura 12% do combustível sustentável; em 2024, o percentual vai a 13%. O governo quer acelerar esse aumento.