O preço médio do diesel vendido no Brasil foi de R$ 6,07 na última semana, mostra pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível) divulgada nesta 6ª feira (6.out.2023). Foi a 1ª queda em 9 semanas e vem depois de ficar em R$ 6,10 por 3 semanas consecutivas.
O valor máximo do combustível nesse ano foi de R$ 6,41, em 7 de janeiro. Já os maiores preços médios foram registrados no Acre (R$ 7,08), no Ceará (R$ 6,56) e em Rondônia (6,54).
A gasolina comum teve preço médio foi de R$ 5,77. Mesmo estando alto e perto da máxima do ano (R$ 5,88), somou a 6ª semana seguida com ligeira queda no valor. Comparando ao início do ano, o preço da gasolina acumula aumento de 12,7%.
No 1º balanço semanal da ANP em 2023, o combustível era vendido por R$ 5,12. Nesta última semana, os maiores valores médios de venda foram registrados no Acre (R$ 6,76), no Amazonas (R$ 6,53) e em Rondônia (R$ 6,49).
Já o preço médio do etanol teve leve queda, saindo de R$ 3,64 e ficando em R$ 3,62.
A tendência é que os preços sigam em alta até o final do ano, diante dos cortes na produção de petróleo na Arábia Saudita e também na Rússia. O cenário deve ser agravado pela valorização do barril Brent no mercado internacional, o que pressiona a Petrobras (BVMF:PETR4).
O Brasil importa cerca de 25% do diesel consumido internamente. Como a nova política de preços da Petrobras não segue totalmente o cenário externo, uma defasagem é criada entre os preços domésticos e os preços internacionais, dificultando as importações.
A Rússia, devido a sanções internacionais por conta da guerra com a Ucrânia, vinha exportando a preços menores para diversos países, incluindo o Brasil. Esse fato contribuiu para que o preço do combustível não fosse mais alto. Entretanto, anunciou restrições temporárias na exportação de diesel e gasolina na última semana.
Pode-se dizer que a ligeira queda no preço do diesel é devido ao Congresso Nacional não ter votado a Medida Provisória 1.175, que tinha reonerado de forma parcial o diesel e o biodiesel com o PIS e o Cofins. Devido a não votação da MP, as alíquotas ficam zeradas até 31 de dezembro de 2023.