Calendário Econômico: Inflação no Brasil, EUA dá tom em semana de balanços na B3
Investing.com – É hora de os investidores "venderem [suas] ações do JPMorgan Chase (BVMF:JPMC34) (NYSE:JPM)", segundo uma análise da Baird, que rebaixou a classificação do maior banco dos EUA em ativos.
Em outubro, o JPMorgan reportou uma receita líquida de juros (NII) – a diferença entre os juros recebidos em empréstimos e os pagos em depósitos – de US$ 23,53 bilhões, superando as estimativas da Bloomberg de US$ 22,8 bilhões.
O lucro líquido do banco subiu para US$ 12,9 bilhões, superando as previsões graças ao aumento das receitas e maior disciplina de custos, embora esse valor represente uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O JPMorgan espera que o NII caia ligeiramente para US$ 22,9 bilhões no trimestre atual, totalizando aproximadamente US$ 92,5 bilhões no ano. Em 2023, o banco alcançou um NII de US$ 89,7 bilhões.
A instituição reservou US$ 3,1 bilhões para possíveis perdas com crédito, mais que o dobro das provisões do mesmo trimestre do ano passado.
O CEO, Jamie Dimon, afirmou que, embora a inflação esteja "desacelerando" e a economia dos EUA se mantenha "resiliente", o banco mantém cautela com temas como "grandes déficits fiscais, necessidades de infraestrutura, reestruturação comercial e remilitarização global."
Em uma nota aos clientes, os analistas da Baird, liderados por David George, destacaram que o JPMorgan é "um dos melhores do setor", com "escala, habilidade e participação dominante de mercado" em várias frentes, além de contar com uma "excelente equipe de gestão."
Mesmo assim, os analistas acreditam que é "hora de realizar lucros", considerando que as ações já subiram mais de 43% este ano e estão sendo negociadas a cerca de 14 vezes o lucro estimado por ação para 2026.
"Achamos que o JPMorgan (e muitos bancos) estão superestimando suas provisões e margens de juros líquidas, e vemos o papel como caro," afirmaram os analistas, acrescentando que o apetite da gestão para recompras de ações pode não "corresponder às altas expectativas do mercado."
"Não esperamos que o JPMorgan faça recompras agressivas de ações neste momento. A esses preços, as recompras têm pouco impacto no lucro por ação e, em nossa opinião, não representam o melhor uso de capital nos níveis atuais," concluíram os analistas.