Investing.com – Os mercados repercutem a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), que mencionou riscos de inflação reduzidos. Na decisão de dezembro, o Fed manteve as fed funds em uma faixa de 5,25% a 5,50%, mas sinalizou o ciclo de aperto monetário pode ter atingido ponto máximo. Agora, a ata demonstra preocupação com uma política excessivamente restritiva.
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Thomas Monteiro, analista do Investing.com, avalia que a ata do Fed saiu um pouco mais pacífica do que o mercado previa. “Com toda a expectativa a girar em torno de um grande pivô na política económica, esperávamos que os membros do Fed apresentassem um tom mais sóbrio, controlando assim as expectativas do mercado. Contudo, o que vimos foi um Fed determinado a declarar vitória na luta contra a inflação, apesar de permanecermos longe da meta de inflação de 2% ao ano da própria autoridade monetária”, acredita Monteiro.
Neste contexto, a maior preocupação do comitê, ainda conforme Monteiro, é evitar uma recessão, o que seria um excelente presságio para os ativos de risco. No entanto, o analista acredita que tal postura já estava precificada, por isso o mercado permaneceu pouco alterado após a divulgação. “Ainda assim, embora não seja explicitamente declarado, penso que isto indica que é quase certo que veremos um corte nas taxas já na reunião de março”, completa, ao afirmar que a medida dificilmente levará a uma nova recuperação nas ações, pois maioria dos cortes já está precificada.
No Brasil, o cenário fiscal deve levar às primeiras batalhas do executivo neste ano. Tanto os vetos à sancionada lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e a medida provisória editada que prevê a reoneração gradual da folha de pagamento devem enfrentar pressão e podem ser derrubados. Ambas as estratégias visam elevar a arrecadação e amenizar a situação das contas públicas, diante da meta do governo de zerar o déficit ainda neste ano.
Às 9h09 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros apresentava estabilidade, S&P 500 Futuros subia 0,09% e o Dow Jones Futuros ganhava 0,17%. O Ibovespa Futuros apresentava desvalorização de 0,19% e o dólar caía 0,20% a R$4,91. O Ibovespa subiu ontem, na contramão das bolsas americanas.
O Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, registrava alta de 1,13%, a US$73,52, e o Petróleo Brent Futuros ganhava 0,91% a US$78,96.
As ADRs da Vale (NYSE:VALE) registravam alta de 0,19%, a US$15,65, e as da Petrobras (NYSE:PBR) ganhos de 0,84%, a US$16,71.
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Notícias do dia
MP da desoneração — O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve realizar reunião com líderes na próxima segunda ou terça para discutir o tema.
Demissões na SpaceX — A agência Reuters noticiou que a SpaceX teria demitido ilegalmente funcionários que criticaram o bilionário Musk, conforme agência trabalhista americana.
Preços ao Produtor — O Índice de Preços ao Produtor (IPP) recuou 0,43% em novembro, na comparação com outubro, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado no ano, a variação foi negativa em 4,89% em 12 meses, perdeu 6,09%.
Turismo no Brasil — Turistas de EUA, Austrália e Canadá vão precisar de visto para visitar o Brasil a partir de 10 de janeiro.
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Agenda do dia
Roberto Campos Neto — Recesso, é substituído pelo diretor Diogo Abry Guillen.
Luiz Inácio Lula da Silva — Recesso.
Fernando Haddad — Recesso, é substituído pelo secretário executivo Dario Carnevalli Durigan.
Notícias corporativas
Eletrobras (BVMF:ELET3) — O Supremo Tribunal Federal (STF) deu 48 horas para desembargadores explicarem as decisões da suspensão da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre a incorporação de Furnas.
Nubank (BVMF:ROXO34) — Subsidiária da fintech em sua operação colombiana recebeu autorização para atuar como empresa financeira.
Zamp (BVMF:ZAMP3)— AGE aprovou a saída da companhia do segmento Novo Mercado da B3 (BVMF:B3SA3) sem que fosse preciso realizar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA). Após renúncia de Marcos Grodetzky e Ricardo Schenker Wajnberg aos cargos de presidente e membro efetivo do Conselho de Administração, foram eleitos Renan Andrade e Leonardo Armando Yamamoto para os cargos de membros efetivos do Conselho.
Wilson Sons (BVMF:PORT3)— O maior operador de logística portuária e marítima implanta no Centro Logístico Santo André (SP) o novo sistema de gerenciamento do terminal alfandegado.
Vivara (BVMF:VIVA3) — As vendas totais atingiram o recorde de R$2,8 bilhões em 2023, superando em 21,6% o ano de 2022, segundo prévia operacional.
Embraer (BVMF:EMBR3) —A Blackrock vendeu ações da fabricante de aeronaves. Em 28 de dezembro, detinha 24.643.936 ações ordinárias e 134.687 American Depositary Receipts (ADRs), totalizando 25.182.684 ações ON, ou 3,400% do total de papéis deste tipo da empresa.
Mills (BVMF:MILS3)— O Conselho de Administração aprovou a realização da oitava emissão de debêntures simples no total de R$200 milhões e 72 meses. A remuneração correspondente à Taxa DI + 2,00%.
Sanepar (BVMF:SAPR11) — Venceu licitação para aquisição de energia elétrica no ambiente de contratação livre junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para 838 de suas unidades consumidoras.
Auren Energia (BVMF:AURE3) — Começou a operação comercial da Usina Fotovoltaica Sol do Piauí, no município de Curral Novo do Piauí.