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ABERTURA: Ibov Futuros em queda com realização de lucros em NY e tensão China-EUA

Publicado 21.05.2020, 09:02
Atualizado 21.05.2020, 09:19
© Reuters.

© Reuters.

Por Gabriel Codas

Investing.com - O índice futuro do Ibovespa começa a quinta-feira com perdas de 0,53% aos 81.195 pontos às 09h13, seguindo a realização de lucros em Nova York sob temor da escalada da tensões comerciais entre EUA-China. Já o dólar comercial recuava 0,1% a R$ 5,6867.

O mercado segue com cautela em meio às notícias do impacto da pandemia do novo coronavírus nas economias de diversos países, com temor de uma segunda onda de infecções em países com processo de reabertura gradual e sob expectativa de avanço de uma vacina ou medicação que imunize a população ou diminua o tempo de recuperação de infectados sintomáticos.

Indicadores americanos, como os de pedidos de auxílio-desemprego e do setor imobiliário nos EUA, merecem atenção na sessão de hoje.

Por aqui, além dos aspectos econômicos, os investidores também se preocupam com a crise política, que atrasa a adoção de medidas para diminuir os impactos da doença. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro realiza uma reunião virtual com governadores às 10h00 para tratar do pacote de ajuda a Estados e municípios.

No cenário corporativo, alguns balanços seguem sendo divulgados.

- Cenário Interno

Confiança da Indústria

A prévia da confiança da indústria sinaliza alguma recuperação em maio diante da mudança nas expectativas dos investidores em relação aos próximos meses, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo a prévia da Sondagem da Indústria, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) saltará 2,4 pontos em maio, a 60,6 pontos, depois de ter registrado queda recorde a nova mínima da série histórica no mês de abril.  

A FGV disse em nota que “a leve alta da confiança em maio é resultado de uma reavaliação das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses”.

Lei Kandir

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou nesta quarta-feira os termos do acordo firmado pela União com os Estados que prevê o repasse de 65,6 bilhões de reais em compensações pelas perdas decorrentes da Lei Kandir, e deu 60 dias de prazo para o governo federal apresentar um projeto de lei que regulamente o repasse desses recursos.

A decisão ocorre após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter informado na véspera que concordava com os termos do acordo.

A Lei Kandir foi aprovada em 1996 e acabou reduzindo a arrecadação de impostos pelos Estados ao isentar o ICMS sobre produtos para exportação. A própria lei, contudo, previa que a União compensasse os entes regionais pelas perdas. Mas, mesmo com determinação do Supremo, nunca foi aprovada uma regulamentação pelo Congresso Nacional do tema.

Câmbio

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a autarquia tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.

“Brasil tem muita reserva, inclusive em percentual do PIB (Produto Interno Bruto) a reserva subiu porque desvalorizou mais do que o que foi vendido”, afirmou ele, a respeito do estoque que está hoje em 343 bilhões de dólares, frente a 357 bilhões de dólares no início do ano.

Em live promovida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Campos Neto pontuou que, nos últimos dias, o BC aumentou um pouco o nível de intervenção cambial por entender que o Brasil estava descolado de outros países emergentes.

- Cenário Externo

Japão

As exportações do Japão registraram a maior queda desde a crise financeira global de 2009 em abril depois que a pandemia de coronavírus afetou a demanda mundial por carros, materiais industriais e outros produtos, provavelmente levando a terceira maior economia do mundo à recessão.

Os números fracos do comércio surgem no momento em que as autoridades japonesas buscam equilibrar as medidas de contenção do vírus contra a necessidade de reabrir partes prejudicadas da economia, com o risco de uma segunda onda de infecções apenas complicando esse desafio.

O banco central realizará uma reunião de emergência na sexta-feira para elaborar um esquema que incentive as instituições financeiras a emprestar a empresas menores e com dificuldades. As autoridades também estão considerando injeções de dinheiro para empresas de todos os tamanhos.

China

Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta quinta-feira, pressionados pelo setor de tecnologia diante da notícia de que reguladores dos Estados Unidos estão abertos a fazer mudanças para fechar uma possível brecha em nova regra para conter as vendas globais de chips para a chinesa Huawei Technologies Ltd.

Uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA disse que a regra, que atualmente inclui chips desenhados pela Huawei e não cobre os embarques se eles forem enviados diretamente aos clientes —considerado por advogados da indústria como uma brecha— será avaliada por reguladores e “certamente serão feitas quaisquer mudanças que acharmos necessário”.

Zona do euro

O devastador impacto do coronavírus sobre a economia da zona do euro perdeu um pouco de força em maio, conforme algumas medidas de isolamento impostas pelo governo para conter o vírus são relaxadas, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Depois de despencar para a leitura de longe mais fraca nos 22 anos de história da pesquisa em abril, o PMI Composto Preliminar do IHS Markit se recuperou a 30,5 em maio, de 13,6 no mês anterior.

Mas embora o resultado tenha sido muito melhor do que a expectativa de 25,0 em pesquisa da Reuters, ainda está muito abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

“O cenário é que o índice é consistente com a atividade econômica na região muito deprimida mesmo com as medidas de contenção sendo gradualmente levantadas”, disse Jessica Hinds, da Capital Economics.

EUA-China

O presidente dos EUA, Donald Trump, não mostrou sinais de recuar em suas críticas à China, lançando outro ataque contundente em como o país asiático lidou com a pandemia, culpando Pequim por "assassinatos em massa em todo o mundo".

Em uma série de tweets, ele acusou a China de espalhar "dor e carnificina" pelo mundo e pareceu destacar o presidente Xi Jinping pessoalmente ao dizer que "tudo vem do alto".

Embora esses ataques possam ser vistos como motivadores eleitorais, ao oferecer um bode expiatório para o eleitorado americano culpar por suas dificuldades econômicas antes das eleições presidenciais de novembro, eles também estão alimentando preocupações de que a primeira fase do acordo comercial acertado no ano passado entre os dois lados possa desmoronar. 

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,21%, a 20.552 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,49%, a 24.280 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,55%, a 2.867 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,54%, a 3.913 pontos.

As bolsas asiáticas nesta quinta-feira seguem o exemplo asiático e atuam em campo negativo. Em Frankfurt, o DAX recua 1,12% aos 11.090 pontos, enquanto que o FTSE, de Londres, cai 0,40% aos 6.042 pontos. Já em Paris, o CAC cede 0,69% aos 4.466 pontos.

Já o contrato Dow Jones 30 futuros caía 130 pontos, ou 0,53%, enquanto o contrato S&P 500 futuros caía 0,53% e o contrato Nasdaq 100 futuros, 0,38%.

COMMODITIES

Pela sétima sessão consecutiva, a quinta-feira foi marcada por uma nova importante alta nos preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para setembro deste ano, teve ganhos de 2,05% para 722,00 iuanes por tonelada, o que representa valorização de 14,50 iuanes em relação aos 707,50 iuanes de liquidação da véspera.

Na mesma direção, a jornada teve como principal característica avanços nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na bolsa de mercadorias da também chinesa cidade de Xangai. O contrato com mais liquidez, com entrega para outubro de 2020, subiu 29 iuanes para 3.568 iuanes por tonelada. Já o segundo mais negociado, de janeiro do ano que vem, a valorização foi de 15 iuanes para 3.519 iuanes por tonelada.

A quinta-feira também é de alta nos preços do barril do petróleo nos principais mercados do produto. Em Londres, o Brent tem valorização de 2,21%, ou US$ 0,78, a US$ 36,53, enquanto que em Nova York, o WTI registra ganhos de 2,06%, ou US$ 0,67, a US$ 34,16.

MERCADO CORPORATIVO

- Atvos

A Atvos, uma das principais produtoras de etanol do país, teve seu plano de recuperação judicial aprovado nesta quarta-feira em Assembleia Geral de Credores e já planeja retomar investimentos para renovação dos canaviais e melhoria das operações, informou a companhia em comunicado.

O documento será levado a homologação do Judiciário, disse a empresa que, atualmente, é responsável por cerca de 10% do abastecimento de etanol no mercado brasileiro.

“O plano de recuperação judicial especifica condições de pagamentos para as diversas classes de créditos devidos pela empresa. A prioridade é o pagamento dos créditos de fornecedores e parceiros agrícolas”, afirmou.

- Seguradoras

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira projeto que inclui, na cobertura de seguros de vida, mortes decorrentes da Covid-19, assim como determina a cobertura de assistência médica e hospitalar a assegurados infectados pelo novo coronavírus.

Aprovado por 77 votos favoráveis e nenhum contrário, o projeto, que proíbe restrição de cobertura a qualquer doença ou lesão decorrente da emergência de saúde pública, segue para a Câmara dos Deputados.

No substitutivo apresentado em plenário, a relatora da proposta, senadora Leila Barros (PSB-DF), argumenta que várias seguradoras já declararam a disposição de pagar as apólices em caso de morte ou invalidez por infecção da Covid-19.

“Ainda assim, concordamos com a necessidade desse procedimento estar previsto em lei para que seja vedada a possibilidade de exclusão da cobertura do risco em virtude de pandemia em curso”, argumentou a senadora.

- Hapvida (SA:HAPV3)

A administradora de serviços de saúde Hapvida teve forte aumento das receitas no primeiro trimestre, com impulso de um forte ciclo de aquisições recentes, mas seu lucro caiu no comparativo anual, com impacto de despesas financeiras e provisões para ressarcimento ao SUS.

A companhia anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 164,6 milhões de reais de janeiro a março, queda de 19,9% na comparação com mesma etapa de 2019.

Já a receita líquida cresceu 65,4%, para 2,08 bilhões de reais, com a inclusão das empresas compradas (Grupo São Francisco, América e RN Saúde).

As aquisições também fizeram o número de beneficiários de planos de saúde subirem 50,5% em 12 meses.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 467,8 milhões de reais, aumento de 55,7%.

- Iguatemi (SA:IGTA3)

A Iguatemi anunciou nesta quarta-feira a reabertura do Shopping Center Iguatemi Porto Alegre e do Praia de Belas Shopping Center, ambos na capital gaúcha, em 22 de maio, dentro da retomada gradual das operações após suspensão total desde março devido às medidas de isolamento para conter a Covid-19.

Segundo a companhia, o funcionamento destas unidades será em horário reduzido, das 12h às 20h, com atendimento especial exclusivo para grupo de risco entre 11h30 às 12h.

A empresa já havia retomado as operações do I Fashion Outlet Santa Catarina, em 24 de abril e do I Fashion Outlet Novo Hamburgo, no último final de semana.

Os demais seguem fechados, autorizadas de funcionar apenas as atividades essenciais e operações de delivery.

- NotreDame (SA:GNDI3) Intermédica

A empresa de saúde Notre Dame Intermédica informou nesta quarta-feira que sua unidade Clinipam acertou a compra do Hospital do Coração de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, por 65,7 milhões de reais.

Em fato relevante, a Notre Dame informou que passou a deter 99% do negócio, com a transação paga à vista, descontados o endividamento líquido e uma parcela retida para contingências.

Em 2019, o Hospital do Coração de Camboriú teve receita líquida de 42,5 milhões de reais.

A Notre Dame afirmou que o plano de integração prevê sinergias operacionais e administrativas com as operações da Clinipam no Vale do Itajaí, que tem um centro clínico e mais de 12 mil vidas na área de influência do Hospital do Coração.

- VLI

A VLI, companhia de logísticas que integra ferrovias, terminais e portos, renovou para 2027 contratos de prestação de serviços no transporte de carvão e minério de ferro para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, litoral do Ceará, informou a empresa à Reuters.

A companhia movimenta carvão para as termelétricas da EDP (SA:ENBR3) e Eneva (SA:ENEV3), além da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) desde 2016. Segundo a VLI, a CSP também recebe minério de ferro. Os contratos venceriam em 2021.

Em 2019, a operação da VLI no Pecém movimentou 8 milhões de toneladas em cargas, volume 18% maior do que o registrado no ano anterior.

Questionada sobre a expectativa de movimentação para 2020, a VLI disse apenas que “os novos contratos referenciam o amadurecimento da nossa operação”, destacando ainda que a perspectiva para 2020 é positiva.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente da República recebe no começo da manhã os ministros Braga Netto (Casa Civil); Paulo Guedes (Economia); Jorge Antonio de Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Em seguida, realiza videoconferência com os governadores.

Na parte da tarde, tem reunião com o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e, em seguida, Deputado Vitor Hugo (PSL/GO), Líder do Governo na Câmara dos Deputados e Lideranças Católicas (videoconferência).

Bolsonaro ainda tem reuniões com os deputados Otoni de Paula (PSC/RJ) e Roman (PATRIOTA/PR).

- Paulo Gudes

- Reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro;

- Videoconferência com governadores

- Reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

*Com contribuição de Reuters

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