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ABERTURA: Ibovespa futuro começa no vermelho, mas rumo segue indefinido

Publicado 26.06.2020, 09:02
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Por Gabriel Codas

Investing.com - O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta sexta-feira com perdas de 0,49% aos 95.642 pontos às 09h11, com o dólar somando 0,76% a R$ 5,3970. Os mercados seguem sem rumo definido nesta manhã, com a disparada de casos de coronavírus nos Estados Unidos, além da decisão do Federal Reserve de restringir os pagamentos de dividendos e as recompras de ações dos bancos.

Nesse cenário, a expectativa é que os EUA devem atrasar o procedimento de reabertura da economia, além da expectativa de novas injeções de capital por parte do Fed. Por outro lado, as bolsas europeias operam em alta com avanço da reabertura das economias e estabilidade em novos casos de coronavírus em patamar baixo.

No Brasil, as atenções continuam voltadas para a evolução do número de infectados e mortos por coronovírus, além da cena política. Nesta semana, as tensões passam por um processo de diminuição, com o presidente Jair Bolsonaro acenando trégua com outros poderes e diminuindo espaço da ala ideológica em seu governo, que foi sinalizado com a nomeação de Carlos Alberto Decotelli, um professor e técnico, para o Ministério da Educação.

- Cenário Interno

Metas de inflação

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira em 3,25% a meta de inflação para 2023 pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

As metas para 2021 e 2022 seguem em 3,75% e 3,50%, respectivamente. Para 2020, o objetivo de inflação estabelecido pelo CMN é de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

“A crise causada pela pandemia da Covid-19 afeta a economia brasileira por diversos canais com um resultado líquido sobre os preços altamente desinflacionário, de forma que uma redução da meta para 2023 não implica custos adicionais aos já provocados pela pandemia”, disse texto divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério da Economia.

Coronavírus

O Brasil registrou 39.483 novos casos de coronavírus nesta quinta-feira, terceiro dia consecutivo em que a contagem de infecções gira em torno de 40 mil, informou o Ministério da Saúde, que agora contabiliza um total de 1.228.114 casos de Covid-19 no país.

Em relação ao número de mortes, o Brasil notificou mais 1.141 óbitos em decorrência da doença respiratória causada pelo vírus, o que eleva a contagem do país a 54.971.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,4 milhões de infecções confirmadas e 122 mil óbitos.

Depois de registrar um recorde de mais de 50 mil casos diários na sexta-feira, resultado que o ministério atribuiu a problemas nas contagens estaduais na véspera, o Brasil computou mais de 39 mil infecções na terça e mais de 42 mil na quarta-feira — números superiores aos cerca de 30 mil casos que vinham sendo verificados por dia até a semana passada.

PIB

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira não acreditar nas previsões que são feitas para a economia diante de um choque como o provocado pelo Covid-19 e que acha que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai errar sua estimativa de retração de 9,1% para a atividade brasileira neste ano.

Para Guedes, quando há a ocorrência de um baque na magnitude como o do coronavírus, modelos utilizados para calcular as projeções falham.

“A previsão do FMI, por exemplo, é -9%. Eu acho que eles vão errar. Eu acho que pode ser menos do que isso”, disse o ministro em live com o presidente Jair Bolsonaro.

Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global divulgada na quarta-feira, o FMI passou a projetar contração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 9,1% neste ano, contra recuo de 5,3% previsto em abril, já calculado por reflexo da pressão das medidas adotadas contra o coronavírus.

Recuperação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira acreditar que o Brasil tem condições de surpreender o mundo e se recuperar em forma de “V”, em alusão a uma rápida retomada da economia após forte declínio causado por medidas de restrição social para conter a pandemia de Covid-19.

Em live com o presidente Jair Bolsonaro, Guedes disse que aparentemente a economia já bateu o fundo do poço e que o Brasil tem condições de se recuperar até mesmo antes que outros países.

O ministro afirmou que a redução da taxa básica de juros, a Selic, está indo “além das nossas expectativas” e que uma parte disso decorre da crise, mas que a maior parcela é fruto de política econômica.

- Cenário Externo

Zona do euro

A zona do euro “provavelmente superou” o pior da crise econômica causada pela pandemia de cornavírus, mas a recuperação será irregular, afirmou nesta sexta-feira a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Falando no momento em que os temores de uma segunda onda abalam investidores e o público em geral no mundo, Lagarde adotou um tom construtivo, mas pediu às autoridades que usem a trégua atualmente oferecida pelo vírus para que se preparem.

“Provavelmente superamos o ponto mais baixo e digo que com alguma trepidação, porque é claro que pode haver uma segunda onda grave”, disse Lagarde em evento online.

Ela alertou que a recuperação será “desigual”, “incompleta” e “transformadora”, o que significa que algumas empresas em setores como viagens aéreas e entretenimento nunca vão se recuperar, enquanto outras sairão mais fortes.

BC do Japão

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que os efeitos de uma segunda rodada da pandemia de coronavírus podem prejudicar a economia japonesa “consideravelmente”, sinalizando a prontidão do banco para acelerar medidas de estímulo novamente para amortecer qualquer golpe da crise.

Mas em um seminário online nesta sexta-feira, Kuroda disse que o banco central não vê necessidade imediata de cortar os juros e, em vez disso, vai se concentrar em aliviar os apertos de financiamento corporativo e estabilizar os mercados com suas ferramentas de empréstimos e compras de ativos.

“A economia do Japão está em uma situação extremamente grave ... No segundo trimestre, provavelmente veremos um crescimento negativo considerável”, disse Kuroda.

O Banco do Japão flexibilizou sua política monetária em março e abril, principalmente aumentando a compra de ativos e criando esquemas de empréstimos para canalizar fundos para empresas atingidas pela pandemia. O banco manteve suas metas de taxa de juros.

Japão - bolsas

O mercado acionário japonês se recuperou nesta sexta-feira, acompanhando os ganhos em Wall Street, com os bancos liderando o rali após a decisão de reguladores dos Estados Unido de aliviar algumas regras.

Os principais índices de Wall Street fecharam em alta na quinta-feira, com as ações de bancos avançando depois que os reguladores bancários do EUA apresentaram novas regras que facilitará a vida para grandes bancos com negociações carteiras de investimentos complexas.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,13%, a 22.512 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,93%, a 24.549 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.

O dia é de otimismo para os mercados de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX registra avanço de 1,02% a 12.299 pontos, com o FTSE, de Londres, somando 1,64% a 6.248 pontos. Já em Paris o CAC avança 1,65% a 4.999 pontos.

Em Nova York, o contrato futuro de Dow Jones 30 caía 0,56%, enquanto o contrato futuro de S&P 500 perdia 0,22% e o Nasdaq 100 Futuros caía 0,09%.

COMMODITIES

Os mercados chineses de minério de ferro e vergalhão de aço, assim como o de ações, não operaram também nesta sexta-feira, assim como amanhã, devido à comemoração do feriado do Festival do Barco do Dragão. A data é uma das mais importantes e tradicionais no país.

A celebração, ainda, chega a ser lembrada não só na China, mas se estende a alguns outros países da Ásia, como Japão, Malásia, Singapura e Vietnã, por exemplo.

Sendo um dos mais antigos e tradicionais festivais comemorados na China, o feriado é permeado de costumes particulares para celebrar a data. A atividade central é justamente aquela que vem nomeando esse feriado: os barcos em forma de dragão.

No caso do petróleo, a sexta-feira é de leve valorização para os preços internacionais do produto. Em Londres, o barril do tipo Brent soma 0,78%, ou US$ 0,32, para R$ 41,37. Já o WTI, o avanço é de 0,31%, ou US$ 0,12, a US$ 38,84.

MERCADO CORPORATIVO

- Vale (SA:VALE3)

A mineradora Vale homologou nesta quinta-feira um acordo judicial que fixa procedimentos de proteção contra o novo coronavírus para trabalhadores lotados nas três minas do Complexo de Itabira (MT).

O acordo foi homologado perante o Tribunal Regional do Trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a empresa, informou o MPT em comunicado.

O Complexo de Itabira, que produziu 36 milhões de toneladas de minério de ferro em 2019, ou 12% da produção da companhia, chegou a ficar paralisado por cerca de 15 dias neste mês, por ordem judicial a pedido do MPT, que havia considerado que as operrações apresentavam riscos de contaminação pelo coronavírus nas minas da Conceição, Cauê e Periquito.

Além de procedimentos de testagem, o acordo estabelece uma rotina de monitoramento e providências que a empresa deverá cumprir e reportar periodicamente ao MPT.

Rotinas de divulgação e de orientação sobre as medidas de distanciamento e uso de equipamentos de proteção também deverão ser adotadas.

- BNDES

O BNDES vai ampliar em cinco bilhões de reais a linha de crédito para capital de giro para micro, pequenas e médias empresas enfrentarem os efeitos econômicos da pandemia da Covid-19, disse nessa quinta-feira o presidente do banco Gustavo Montezano.

Segundo o executivo, os primeiros cinco bilhões de reais da linha lançada no começo da pandemia praticamente se esgotaram.

“Quando abrimos a linha de cinco bilhões, a gente tinha certeza que ela ia ficar até dezembro, mas dado que a crise se agravou tanto e foi tão dramática, ela acabou, esgotando em duas semanas e naturalmente vamos expandir mais cinco bilhões”, disse ele durante uma transmissão do BTG Pactual (SA:BPAC11) pela internet.

Montezano disse que o BNDES vai retomar o desinvestimento em ações logo que a volatilidade na bolsa de valores diminuir.

“A gente vai retomar a agenda e até 2022 a carteira vai estar bem mais reduzida”, afirmou.

- XP e Itaú

A XP Investimentos recebe todo dia cerca de 150 milhões de reais de recursos antes investidos com o Itaú Personnalité, que pode desaparecer se esse ritmo de mantiver, disse um sócio da XP, pondo mais combustível na recente disputa entre as empresas parceiras.

“O Itaú Personnalité pode acabar em três anos, considerando a continuação do ritmo de migração de recursos”, disse Gabriel Leal, sócio e chefe da área comercial e de relacionamento com clientes da XP, durante teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira.

As declarações foram feitas após o Itaú Unibanco, que tem 49,9% da XP, ter iniciado nesta semana uma campanha publicitária que critica o modelo de negócios de plataformas de investimentos baseado em agentes autônomos, do qual a XP é o maior expoente no Brasil.

“Por que o Itaú não acaba com conflitos internos antes de atacar competidores?”, questionou Leal. “O Itaú foi muito infeliz com a campanha, deu um grande tiro no pé”, dizendo que o banco “denegriu” a imagem de cerca de 10 mil agentes autônomos no Brasil.

- Setor Automotivo

O início de um acordo de livre comércio entre o México e o Brasil envolvendo caminhões, ônibus e suas autopeças foi adiado em três anos, informaram o Ministério da Economia do México e o governo brasileiro nesta quinta-feira.

A declaração do governo mexicano mencionou o coronavírus, mas não estabeleceu, explicitamente, uma relação com a pandemia pelo atraso no início do acordo. O pacto estava previsto para começar em 1º de julho de 2020, mas foi adiado para julho de 2023, informou o ministério.

O Ministério da Economia do Brasil, porém, citou a pandemia em nota, mencionando que a decisão pelo adiamento ocorreu “em meio a uma conjuntura econômica mundial complexa em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)” e que ambos os países têm compromisso em “ampliar e fortalecer o comércio bilateral”.

Segundo a pasta, o comércio de veículos pesados será desgravado progressivamente, sendo a margem de preferência de 20% a partir de 1º de julho ou da data de sua entrada em vigor. Um ano depois o percentual sobe para 40%, passando a 70% em 2022 e alcançando a liberalização total em 1º de julho de 2023.

No caso das autopeças de caminhões e ônibus, o livre comércio terá início imediato, já a partir de 1º de julho deste ano.

O México é o terceiro parceiro comercial do Brasil no setor automotivo, superado apenas por Argentina e Estados Unidos. Em 2019, a corrente de comércio de produtos automotivos entre os dois países registrou 3,8 bilhões de dólares, com exportações no valor de 1,8 bilhão e importações no valor de 1,9 bilhão, informou o ministério.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente da República viaja nesta sexta-feira para Juazeiro do Norte (CE), onde sobrevoa a Ferrovia Transnordestina. Em seguida, participa do acionamento das comportas da estrutura de Controle de Milagres e da chegada das Águas do Rio São Francisco ao estado do Ceará.

Na parte da tarde, retorna à Brasília.

- Paulo Guedes

- Videoconferência com o secretário executivo, Marcelo Guaranys;

- Videoconferência com o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo De Mello Lopes;

- Reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União, Jose Múcio, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto;

- Videoconferência com os presidentes do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Rubem Novaes, do Banco Central, Roberto Campos, da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do BNDES, Gustavo Montezano;

- Videoconferência com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

*Com contribuição de Reuters

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