Investing.com - O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura entre estável e em baixa nesta segunda-feira, já que os mercados pareciam aguardar aparições públicas de uma série de decisores do Federal Reserve em meio a incertezas políticas em outras partes do mundo.
O índice blue chip futuros do Dow perdia 11 pontos, ou 0,05%, às 06h56 em horário local (07h56 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 caíam 2 pontos, ou 0,06%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 recuava 4 pontos ou 0,07%.
Sem grandes relatórios econômicos na pauta desta segunda-feira, participantes do mercado se concentrarão em comentários de membros do Fed para avaliar o avanço na remoção da política acomodatícia após o banco central norte-americano anunciar, na semana passada, que começaria a reduzir seu balanço patrimonial.
William Dudley, presidente do Fed de Nova York, fará discurso às 09h30 (horário de Brasília). O influente decisor, geralmente considerado o mais alinhado à maneira de pensar de Janet Yellen, presidente nacional da instituição, falará sobre desenvolvimento da força de trabalho, mas Dudley poderá ser questionado sobre suas perspectivas política em sessão posterior de perguntas e respostas.
Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, fará um discurso durante almoço econômico às 13h40 (horário de Brasília).
Às 19h30 (horário de Brasília), Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, fará uma apresentação sobre o Federal Reserve, embora mais detalhes ainda não foram dados.
Os comentários prepararão o terreno para a principal aparição da semana, a própria Yellen na terça-feira. A presidente do Fed deverá realizar um discurso amplamente esperado sobre "Inflação, Incertezas e Política Monetária"
Com relação a empresas, a ABB (SIX:ABBN), empresa suíça de engenharia, confirmou na segunda-feira que comprará a atividade de soluções industriais da General Electric (NYSE:GE) por US$ 2,6 bilhões.
Além disso, mercados reagiam a vários eventos políticos com investidores europeus assimilando os resultados das eleições na Alemanha, que mostraram crescente apoio a um partido de extrema-direita, o que levou a chanceler Angela Merkel a ter que lutar para formar uma coalizão de governo e levou o euro a uma operação de venda. O DAX alemão conseguia avançar 0,26% às 07h57 (horário de Brasília), embora a maior parte das bolsas europeias estivessem no vermelho no pregão do início da tarde.
A política também estava em destaque no Japão, com Shinzo Abe, primeiro-ministro do país, anunciando em uma entrevista coletiva que ele planeja dissolver o parlamento na quinta-feira e convocar novas eleições no mês que vem. O movimento acontece porque Abe procura aproveitar sua melhor aprovação e a desarticulação da oposição, apesar das críticas de que ele estaria criando um vácuo político em meio a preocupações com a Coreia do Norte.
O Nikkei do Japão encerrou em alta de 0,5% nesta segunda-feira, que foi um pregão de certa forma desigual com tendência de baixa nas bolsas asiáticas.
Enquanto isso, preços do petróleo sentiam pressão de um dólar mais forte nesta segunda-feira, embora o Brent tenha conseguido manter ganhos sólidos em meio ao otimismo de que o mercado estaria bem em seu caminho em direção ao reequilíbrio.
Participantes do mercado assimilaram dados mostrando que o número de sondas de petróleo ativas continuou a diminuir, sugerindo um possível aperto na produção doméstica.
Na sexta-feira, a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos, afirmou que sua contagem semanal de sondas ativas nos EUA teve redução de 5 e totalizou 744, a terceira redução semanal seguida.
Nesta segunda-feira, contratos futuros de petróleo bruto nos EUA ganhavam 002%, atingindo US$ 50,67 às 06h58 em horário local (07h58 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,80%, com o barril negociado a US$ 56,87.