SÃO PAULO (Reuters) - As ações ordinárias da operadora Oi (SA:OIBR4) despencavam na Bovespa nesta terça-feira e ampliavam sua desvalorização acumulada em 2016 para quase 60 por cento, depois da companhia e seis subsidiárias entrarem com pedido de recuperação judicial na segunda-feira.
Às 11:47, as ações ordinárias da operadora perdiam 19 por cento e as preferenciais recuavam 17,17 por cento, diante de baixa de 0,88 por cento do Ibovespa, índice de referência da bolsa do qual os papéis não fazem parte.
O pedido de recuperação judicial, o maior da história do Brasil, de acordo com dados da Thomson Reuters, ocorre após fracasso da maior companhia de telefonia fixa do Brasil em renegociar dívidas que atingem 65,4 bilhões de reais antes do vencimento de um bônus em julho.
Com isso, além dos papéis da Oi, a ação da empresa de centrais de atendimento de clientes Contax (SA:CTAX3), que tem a Oi como um de seus principais clientes, caía 17,89 por cento.
Ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Itaú Unibanco e Bradesco (SA:BBDC4) também tinham perdas significativas, diante da perspectiva de que aumentem provisões sobre empréstimos e garantias relacionadas a operações da Oi, segundo o Credit Suisse, que alertou para a possibilidade de outras empresas altamente endividadas no Brasil sigam o mesmo caminho.
Enquanto isso, a operadora rival TIM tinha ganhos de 1,17 na Bovespa. Telefônica Brasil operava praticamente estável.
(Por Priscila Jordão)