Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações de empresas de cassinos avançaram na quinta-feira, depois que a publicação de um parecer em Pequim reacendeu as esperanças de poderem manter suas atividades em Macau.
Embora o parecer dê indícios de uma regulamentação mais rigorosa, as esperanças de preservar as operações com regras claras levaram à alta dos ativos. As atuais licenças de operação na região, conhecida como a Las Vegas da Ásia, expiram em junho do ano que vem.
Às 17h37, as ações da Melco Resorts & Entertainment Ltd (NASDAQ:MLCO) subiram 6%, enquanto a Wynn Resorts Limited (NASDAQ:WYNN) (SA:W1YN34) e a Las Vegas Sands Corp (NYSE:LVS) avançaram 3,3% e 4,1%, respectivamente. As ações da Studio City (NYSE:MSC) registravam alta de apenas 0,27% até a publicação deste artigo.
O documento consultivo foi publicado após a conclusão de um fórum de 45 dias realizado na capital chinesa para abordar a fiscalização regulatória, as limitações das licenças de jogos de azar e o bem-estar dos funcionários. O parecer contém comentários de dirigentes, além de um relatório do governo chinês sobre a promoção de uma indústria de jogos sustentável e saudável.
O Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) divulgou uma nota em resposta ao anúncio, na qual afirma que espera a manutenção do status quo com seis licenças em Macau, com validade de 10 a 20 anos, bem como a permissão da emissão de dividendos e nenhuma alteração tributária. "No entanto, haverá uma maior fiscalização sobre as operações, e o investimento em itens não relacionados a jogos poderá apresentar retorno diluído", disse a nota.
Macau fica ao lado de Hong Kong e faz parte da China. As autoridades locais já haviam pedido uma fiscalização mais rigorosa dos operadores de cassinos, além de maior controle local das empresas de jogos que operam na região.
A China tem reprimido as apostas de alto risco em Macau, que são feitas em dólares convertíveis de Hong Kong. Acredita-se que as transações de jogos de azar facilitam a saída ilícita de divisas, bem como a lavagem de capitais.
No ano passado, o governo chinês, numa tentativa de desenvolver um estado-modelo e limpar a sociedade dos aspectos que considera nocivos para esta, limitou o número de horas que as crianças podem passar em jogos online e restringiu as formas como as empresas de tecnologia do país podem utilizar os dados dos consumidores, entre outras mudanças.