MILÃO (Reuters) - As ações italianas tiveram desempenho inferior ao resultado positivo do mercado europeu nesta quinta-feira, com os papéis dos bancos da Itália caindo para a mínima de cinco semanas por causa do nervosismo com o referendo de reforma constitucional que ocorrerá no próximo mês.
Um avanço nas ações dos setores de recursos básicos e de energia ajudaram o índice pan-europeu STOXX 600 a subir 0,6 por cento, compensando as perdas na sessão anterior, mas o índice de blue-chips da Bolsa de Milão terminou de forma estável.
O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,66 por cento.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse nesta quinta-feira que não participará de nenhum esforço para formar um governo temporário se perder a votação de 4 de dezembro, reforçando as expectativas de que poderia renunciar. Pesquisas sugerem que Renzi será derrotado no referendo.
As ações dos bancos italianos UniCredit (MI:CRDI) e Banco Popolare caíram 4,8 por cento e 5,6 por cento, respectivamente, e ficaram entre as maiores quedas do índice STOXX. A queda também foi sustentada por causa de preocupações de que os bancos podem precisar de provisões mais elevadas para cobrir maus empréstimos.
O índice de recursos básicos da Europa subiu 1,6 por cento na expectativa de que os preços dos metais permaneceriam apoiados após uma promessa feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de investir pesadamente em projetos de infraestrutura. O índice teve a maior alta entre todos os setores.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,67 por cento, a 6.794 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,20 por cento, a 10.685 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,59 por cento, a 4.527 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,03 por cento, a 16.555 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,92 por cento, a 8.718 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,48 por cento, a 4.416 pontos.