FRANKFURT (Reuters) - A Adidas (ETR:ADSGN)começará a vender alguns dos tênis Yeezy, de sua extinta parceria com o rapper Kanye West, no final de maio, informou a empresa nesta sexta-feira, e planeja doar os lucros para organizações selecionadas que combatem o racismo e o ódio.
A notícia dá início aos planos inicialmente delineados na semana passada e segue a decisão da empresa de cortar relações com West devido a comentários antissemitas feitos por ele no ano passado, deixando a fabricante alemã de artigos esportivos com um estoque de tênis da marca Yeezy no valor de 1,2 bilhão de euros.
A venda inicial de alguns dos tênis marca a primeira vez que os produtos estão disponíveis para os clientes desde que a empresa encerrou a parceria com West em outubro de 2022.
O valor dos tênis Yeezy no mercado de revenda disparou desde que a Adidas parou de produzi-los, com alguns modelos mais do que dobrando de preço.
Embora a venda anunciada na sexta-feira possa ser seguida por lançamentos subsequentes de estoques da marca, nenhuma decisão foi tomada até o momento, disse a Adidas, acrescentando que a mudança não teve impacto imediato nas perspectivas do grupo para 2023.
“Acreditamos que esta é a melhor solução, pois respeita os designs criados e os calçados produzidos, funciona para nosso pessoal, resolve um problema de estoque e terá um impacto positivo em nossas comunidades”, disse o presidente-executivo Bjoern Gulden.
"Não há lugar no esporte ou na sociedade para qualquer tipo de ódio e continuamos comprometidos em lutar contra isso."
Entre outros, os destinatários planejados dos recursos incluem a Liga Antidifamação (ADL) e o Instituto Philonise & Keeta Floyd para Mudança Social, disse a empresa.
(Reportagem de Christoph Steitz)