(Reuters) - A companhia norte-americana de commodities agrícolas ADM (NYSE:ADM) afirmou nesta segunda-feira que planeja construir uma nova instalação de processamento de soja na Dakota do Norte, para atender à alta demanda por alimentos e combustíveis renováveis.
Empresas estão contando com o aumento da demanda por alimentos, à medida que restaurantes e o setor de turismo se recuperam da pandemia de Covid-19, e por matérias-primas para produção de biocombustíveis, incluindo diesel renovável.
Um "boom" do diesel renovável pode refletir também um impacto profundo no setor agrícola, por aumentar a demanda por oleaginosas, como soja e canola.
Os preços da soja atingiram uma máxima em mais de seis anos, uma vez que exportações e esmagamento recordes devem encolher os estoques da oleaginosa nos Estados Unidos.
O complexo de 350 milhões de dólares para esmagamento e refino, com sede em Spiritwood, na Dakota do Norte, terá a capacidade de processar 150 mil bushels de soja por dia. A expectativa é de que as instalações estejam completas antes da colheita de 2023.
A ADM também planeja investir cerca de 25 milhões de dólares para expandir a capacidade de refino e armazenagem de sua instalação em Quincy, Illinois. A expectativa é de que a capacidade expandida esteja em operação no primeiro trimestre de 2022.
A rival Cargill havia afirmado em março que expandiria a capacidade de processamento de soja em duas grandes fábricas no Meio-Oeste dos EUA, além de aumentar a eficiência em outras cinco instalações no país.
(Reportagem de Arathy S Nair, em Bangalore)