Por Sam Boughedda
Os analistas do Bernstein elevaram o preço-alvo da ação da Boeing (NYSE:BA) em US$ 12, para US$ 252, mantendo a classificação de “outperform” (acima da média) nesta terça-feira, 11, dizendo aos investidores, em nota, que ainda vale a pena considerar uma compra no papel neste momento, apesar do recente ceticismo com a companhia.
"Há um ano, analisamos a Boeing enquanto a companhia estava debruçada sobre uma série de problemas", escreveram. "O progresso teve altos e baixos, com os maiores movimentos positivos após a teleconferência com investidores no quarto trimestre. Ainda constatamos certo ceticismo de que as ações da companhia esteja mais caras. Mas, quando examinamos a situação atual da Boeing, com base em um histórico de vinte anos, avaliamos que ainda estamos em um bom momento para comprar o papel".
Os analistas afirmam que a Boeing se destacou com forte desempenho em três períodos diferentes nos últimos vinte anos e, em cada um desses momentos, "o sentimento era negativo, mas o tráfego aéreo global estava em alta, as perspectivas de entregas estavam em forte crescimento e o fluxo de caixa livre seguia em ascensão".
"Atualmente, a empresa ainda enfrenta problemas, como restrições na cadeia de suprimentos, participação de mercado em relação à Airbus (EPA:AIR), acesso à China, alta dívida líquida e (é claro) defesa. Mas, como em períodos positivos anteriores, o tráfego aéreo global está em alta, as perspectivas de entregas são muito fortes e as projeções de fluxo de caixa livre são positivas", acrescentaram.
"A demanda é muito alta, com pedidos firmes do 737MAX 7 vezes maiores que a taxa de entrega projetada da Boeing para 2025 e pedidos firmes do 787 quase 5 vezes maiores que a taxa projetada para 2025".
Os analistas também destacaram um início positivo em 2023 para a companhia, diante de estimativas de entrega de 52 unidades do 737MAX e de 7 do 787 em março, o que consideram ser números sólidos.
"Aumentamos nossas projeções de entregas do 737MAX para 2023 e estimamos mais crescimento em 2027 (para 63 por mês), embora atrasemos ligeiramente as entregas do 787, devido a atrasos em janeiro e fevereiro. "Também assumimos um encargo de defesa de US$ 400 milhões no programa de aviões-tanque. Supondo que a Boeing tenha superado os dois principais programas comerciais, esperamos que as ações sigam os fluxos de caixa em forte alta. Nossa expectativa é que a maioria das dívidas sejam quitadas nos próximos três anos”, concluíram.