A Airbus (EPA:AIR), maior fabricante de aviões do mundo, aumentou sua previsão de 20 anos para a demanda de jatos, enfatizando um aumento notável na necessidade de aeronaves de fuselagem larga. O relatório anual da empresa sobre as tendências da indústria de jatos, divulgado hoje, indica que a frota global deve mais que dobrar para 48.230 aviões até 2044.
A previsão atualizada inclui uma expectativa de 42.430 novas entregas de aviões nas próximas duas décadas. Este número representa um aumento de 4% em relação à pesquisa anterior e compreende 41.490 jatos de passageiros.
A demanda por jatos é dividida em dois segmentos: aviões de corredor único, que são os mais vendidos, e jatos de fuselagem larga, usados para viagens de longo curso. Aeronaves de corredor único, como as séries Airbus A320 e Boeing 737, tiveram melhorias no alcance e no desempenho, impactando as viagens transatlânticas e os mercados anteriormente atendidos por aviões maiores.
A certificação antecipada do A321XLR de corredor único de longa distância da Airbus nos próximos dias, juntamente com o desenvolvimento da Boeing de um 737 MAX de longo alcance, se alinha com essas tendências.
A Airbus ajustou sua previsão de demanda total de fuselagem larga para cima em 9%, para 8.920 unidades, com aumentos notáveis na América do Sul e na América do Norte. No entanto, a previsão para o Oriente Médio foi reduzida em 2% devido a preocupações com o excesso de capacidade. A demanda de fuselagem larga também inclui 940 cargueiros grandes, um aumento de 2% em relação às previsões anteriores.
Para aviões de passageiros de corredor único, a demanda foi revisada para cima em 3%, para 33.510 unidades. As previsões econômicas sugerem um crescimento significativo nas viagens aéreas, impulsionado por mais 1,7 bilhão de pessoas entrando na classe média nas próximas duas décadas.
Bob Lange, chefe de análise de mercado e previsões da Airbus, destacou fortes expectativas de crescimento na Ásia e no Oriente Médio, com atenção especial para a Índia e a China. Ele observou que o tráfego aéreo doméstico na China deve superar o dos EUA.
Os dados que acompanham o relatório da Airbus ressaltaram a crescente importância da Índia, com os fluxos de tráfego de crescimento mais rápido atendendo ao subcontinente indiano.
Embora a indústria da aviação preveja uma recuperação no crescimento após a pandemia, esse otimismo é recebido com escrutínio de grupos ambientalistas preocupados com o impacto da indústria nas mudanças climáticas.
Em resposta, a Airbus sugeriu que a introdução de jatos novos e mais eficientes ajudaria a reduzir as emissões, complementando o desenvolvimento de combustíveis mais ecológicos.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.