Investing.com – A Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa), liderada por Warren Buffett, realizou uma grande redução em suas posições acionárias no segundo trimestre, conforme indicado por registros regulatórios recentes.
Os relatórios financeiros da empresa mostraram que uma quantia líquida de US$ 75,5 bilhões em ações foi vendida durante o período de três meses até junho.
Durante esse trimestre, Buffett vendeu quase metade de sua participação na Apple (NASDAQ:AAPL), uma ação que ajudou a aumentar as reservas de caixa da Berkshire para US$ 276,94 bilhões.
A Berkshire registrou lucros operacionais de US$ 11,6 bilhões para o segundo trimestre.
Entre as vendas recentes está a redução gradual da participação da Berkshire no Bank of America (NYSE:BAC), que antes era o segundo maior investimento acionário da empresa, após a Apple. A participação da Berkshire no banco foi reduzida para 12,15%, avaliada em mais de US$ 35 bilhões ao final do mercado na sexta-feira.
Essa estratégia de venda foi implementada após as ações do Bank of America valorizarem 75% desde o fim de outubro até o início das vendas em julho.
Na reunião anual da Berkshire em maio, Buffett expressou a dificuldade em encontrar bons usos para o caixa da empresa, priorizando investimentos de baixo risco e alto potencial de retorno.
O relatório trimestral também detalhou que, após uma redução de 13% no investimento na Apple no primeiro trimestre, a Berkshire prosseguiu vendendo cerca de 49% das ações restantes da Apple no segundo trimestre.
A notícia de que Buffett liquidou US$ 75,5 bilhões em ações no segundo trimestre surge em um momento crítico para o mercado acionário dos EUA, que experimentou uma venda intensa na sexta-feira após um relatório de empregos mais fraco do que o esperado.
O aumento das preocupações entre os investidores é evidente, pois os indicadores econômicos apontam para uma desaceleração mais rápida da economia dos EUA do que anteriormente antecipada. Com os dados econômicos mais recentes, os investidores estão interpretando as más notícias como realmente prejudiciais.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) agora enfrenta um grande desafio. Grandes bancos de Wall Street, como o Citi e o JPMorgan (NYSE:JPM), estão pressionando para que o Federal Reserve implemente cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões de setembro e novembro.