Alívio nos juros e alta de commodities são incapazes de animar Ibovespa com NY fechada

Publicado 09.01.2025, 08:38
Atualizado 09.01.2025, 12:10
© Reuters.  Alívio nos juros e alta de commodities são incapazes de animar Ibovespa com NY fechada

O Ibovespa opera indefinido no início da sessão desta quinta-feira, 9, sem a referência das bolsas norte-americanas. Os mercados de ações em Nova York não abrem hoje e os de Treasuries fecham mais cedo devido ao funeral do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter. Assim, a liquidez deve continuar reduzida. Ontem, o giro financeiro na B3 (BVMF:B3SA3) foi de R$ 19,4 bilhões.

No foco, ficam discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a China, em meio a expectativas de medidas de estímulo à economia após a divulgação de índices fracos de inflação do país.

O Ibovespa abriu aos 119.624,75 pontos, perto da máxima em 119.911,69 pontos, quando avançou 0,24%. Na mínima intradia atingiu 119.552,30 pontos (-0,06%). Há pouco, acelerou o ritmo de alta, mas o movimento é insuficiente para levá-lo aos 120 mil pontos.

Algumas ações mais sensíveis a juros avançam em meio ao fechamento moderado da curva e alguns papéis de empresas de commodities também apresentam ganhos. Vale (BVMF:VALE3) por exemplo tinha alta de 1,07% perto das 11 horas, após elevação do minério de ferro hoje em Dalian, na China. Petrobras (BVMF:PETR4) apresentava valorização de 0,38%, com o petróleo subindo em torno de 0,30%.

"É um dia de liquidez baixa. Nos Estados Unidos prevalece a preocupação com a inflação, como indicou ontem a ata do Fed. As apostas indicam manutenção do juro básico americano na próxima reunião do Fed. Isso pressiona o dólar e mantém o nosso problema, que é o fiscal", avalia Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3.

Em Dalian, o minério de ferro fechou com alta de 0,53% hoje. Aliás, na China saíram dados de inflação. A taxa anual de preços ao consumidor (CPI) chinês desacelerou para 0,1% em dezembro, ante 0,2% em novembro, em uma indicação de que pressões deflacionárias persistem na China.

Ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 1,27%, aos 119.624,51 pontos devido a principalmente incertezas com a nova gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca, que tem prometido uma administração mais protecionista.

Por aqui, ainda que as tensões mais agudas tenham sido estancadas com a aprovação do pacote fiscal, preocupações com os rumos da política econômica persistem, limitando qualquer melhora, pontua Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, em relatório.

Ao mesmo tempo os investidores avaliam os dados do varejo brasileiro, informados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, os resultados vieram piores do que o esperado por especialistas e reforçaram a ideia de que a atividade está desaquecendo.

Neste sentido os juros futuros cedem, estimulando algumas ações mais sensíveis ao ciclo econômico na B3. Automobi liderava os ganhos, com 2,86%, seguida por Azul (BVMF:AZUL4), com 2,85%. . Os papéis reagem à notícia de que a Azul e a Abra, controladora da Gol (BVMF:GOLL4), preparam memorando de entendimento para negociar possível união das companhias.

Entretanto, o arrefecimento dos juros futuros é incapaz de tirar do radar as expectativas duas elevações de 1 ponto porcentual da taxa Selic nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em janeiro e em março diante do hiato do produto mais alto em três décadas, conforme cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV) obtidos com exclusividade pelo Broadcast.

Às 11h07, o Ibovespa caía 0,04%, aos 119.577,77 pontos. A maior queda era Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), com 3,73%, acompanhada por MRV (BVMF:MRVE3), com 2,83% de baixa.

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