Por Senad Karaahmetovic
Savita Subramanian, estrategista do Bank of America, teceu considerações sobre o ânimo dos investidores após as negociações "agitadas" no mês de maio.
O Indicador do Lado da Venda da firma (SSI, do inglês Sell Side Indicator), que registra a alocação média recomendada em ações pelos estrategistas norte-americanos de vendas, caiu 67 pb, de 55,7% em abril para 55,0% em maio, o que representa o menor patamar em dois anos.
"O SSI está agora mais próximo de um sinal de "Comprar" que de um sinal de "Vender" (3,5 ppt vs. 4,2 ppt) pela primeira vez desde setembro de 2020, após o qual o S&P 500 ganhou 30% nos 12 meses seguintes. Historicamente, quando o indicador esteve tão próximo ou até mais do sinal de "Comprar", os retornos em 12 meses do S&P 500 têm sido positivos em 96% do tempo (contra 83% em relação ao histórico completo). No ano, até o momento, o consenso de Wall Street cortou 4,1 ppt de alocações em ações, acrescentando 2,9 ppt a títulos e 1,4 ppt a alocações de caixa, o que sugere uma crescente concorrência com as ações à medida que os juros sobem", afirmou Subramanian em um relatório aos clientes.
A queda do SSI em maio marca também o quinto mês consecutivo de declínio, o que "corrobora o sentimento amargo que notamos recentemente durante o marketing – os clientes têm nos pedindo razões para ser otimistas".
Subramanian enxerga evidências suficientes para ser bullish no curto prazo, especialmente tendo em mente os níveis de sobrevenda. Entretanto, ela também advertiu para a provável continuidade da volatilidade.
"Recomendamos se manter em Alta Qualidade e uma combinação de defensivos e beneficiários de inflação/juros. A história mostra que os ralis de mercado são comuns: 26 os mercados de urso ocorreram desde 1929 (na definição de queda de mais de 20% sem um rali de 20%), e 65% desses bear markets tiveram ralis de mais de 10%, ocorrendo em média 1,5 vez por bear market", disse a estrategista aos clientes.