O programa de redução de balanço patrimonial do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), conhecido como aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês), deve terminar em dezembro deste ano. De acordo com especialistas financeiros do Barclays (LON:BARC), esse processo não deve levar a grandes distúrbios nos mercados financeiros.
Esses especialistas apontam que essa situação é bem diferente da parada repentina do QT em 2019, que resultou em dificuldades inesperadas na obtenção de recursos. A análise do Barclays enfatiza as medidas que o Federal Reserve tomou para evitar repetir os erros do passado e facilitar uma transição suave.
O Barclays observou: "O Federal Reserve continuou com o QT por um longo período em 2019. Não mediu com precisão os níveis de reservas de caixa extra que os bancos preferiam manter e se concentrou excessivamente no mercado de fundos federais."
Nesta ocasião, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) segue com mais cautela. Expandiu sua vigilância das condições que afetam a disponibilidade e o custo de tomar dinheiro emprestado e começou a reduzir gradualmente o QT, mantendo a quantidade de reservas em um nível alto, acima de US$ 3,4 trilhões. Além disso, o estabelecimento de uma facilidade permanente para acordos de recompra (SRF) e o uso de câmaras de compensação centrais servem como proteções adicionais contra o tipo de crise de financiamento que ocorreu em 2019.
Diversos indicadores que antes apontavam tensões no mercado nos anos de 2018 e 2019 estão atualmente mostrando níveis elevados. Os fundos de hedge estão mantendo grandes posições em títulos do governo dos EUA, financiados por empréstimos garantidos, e os negociadores de títulos têm níveis recordes de títulos do governo dos EUA em seus balanços.
Agora, o Barclays é da opinião de que a preparação completa e as ações preventivas do Federal Reserve levarão a uma conclusão perfeita do QT.
"Identificamos duas razões principais para antecipar uma conclusão mais ordenada do QT este ano", escreveram os analistas.
"Em primeiro lugar, o Federal Reserve parece estar dando maior consideração aos mercados financeiros e às condições além do mercado de fundos federais", observaram os analistas.
A segunda razão para as perspectivas positivas do Barclays é o crescimento do uso de acordos de recompra que são facilitados por terceiros e o uso mais amplo de câmaras de compensação centrais desde 2020. Estes desenvolvimentos permitiram aos negociantes de valores mobiliários gerir os seus balanços de forma mais eficiente, compensando diferentes posições entre si.
"O uso de acordos de recompra que são facilitados por um terceiro – e compensação central em um sentido mais amplo – permite que os negociantes de valores mobiliários gerenciem seus balanços de forma mais eficiente, compensando posições. O valor desses acordos de recompra ultrapassou US$ 1 trilhão e mais que dobrou desde 2019", enfatiza o relatório.
Para resumir, o Barclays antecipa que o Federal Reserve encerrará o QT em dezembro sem causar agitação e bem antes que quaisquer sinais de estresse apareçam nos fundos federais ou nos mercados de acordos de recompra.
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