Investing.com A Berkshire Hathaway, conglomerado financeiro do bilionário investidor Warren Buffett, informou na quarta-feira passada, 14, que vendeu 10 milhões de ações da Apple (NASDAQ:AAPL) no último trimestre de 2023. A operação reduziu sua fatia na gigante de tecnologia para 905 milhões de papéis, mas ainda a mantém como a maior posição do seu portfólio.
As ações da Apple recuaram cerca de 1% na quinta-feira, após a divulgação da venda, ampliando as perdas recentes. O papel acumula queda de 3,5% nos últimos três meses, diante das incertezas sobre a demanda pelo iPhone.
Apesar da decisão da Berkshire de diminuir sua exposição à Apple ter gerado mais preocupação entre os investidores, os analistas acreditam que Buffett ainda vê a empresa como um investimento estratégico.
Analistas da EdwardJones disseram ao Investing.com que é preciso considerar o contexto ao avaliar a situação.
Eles explicaram que a Berkshire possuía mais de 915 milhões de ações da Apple entre 30 de junho de 2022 e 30 de setembro de 2023. Já no final de 2023, a Berkshire tinha 905,6 milhões de ações da Apple (5,8% das ações em circulação).
“Em relação a 30 de setembro, a participação da Berkshire diminuiu em 10 milhões de ações ou 1,1%. Não consideramos essa redução como significativa”, disseram os analistas. “A Berkshire já reduziu as ações da Apple no passado.”
“A Apple representa cerca de metade do portfólio de ações da Berkshire (excluindo os investimentos pelo método de equivalência patrimonial na Kraft Heinz e na Occidental Petroleum). Embora a Berkshire possa reduzir ainda mais essa posição, os analistas acreditam que o Sr. Buffett considera a Apple como um investimento central”, acrescentaram.
Além disso, uma nota da Bernstein em setembro de 2023 aconselhou os investidores a “Ser como Buffett”, reconhecendo que o lendário investidor compra ações da Apple em baixas ou quando o preço/lucro se aproxima de 20 vezes.
Apple lança assistente de IA para códigos de programação
Em outro desenvolvimento, a gigante da tecnologia anunciou na quinta-feira, 15, que vai lançar um assistente de criação de códigos de programação baseado em inteligência artificial (IA), capaz de completar trechos de código a partir das instruções iniciais de um desenvolvedor. O recurso, similar ao Copilot da Microsoft (NASDAQ:MSFT), deve ser incorporado ao seu software de desenvolvimento Xcode ainda em 2024, de acordo com uma matéria da Bloomberg.
A notícia beneficiou as ações da AAPL, que fecharam em alta de 0,8% após o horário regular de pregão.
O assistente de codificação é apenas uma das novidades que a Apple pretende introduzir em seus produtos com o uso da IA. A empresa também planeja oferecer a possibilidade de criar playlists personalizadas no Apple Music e apresentações profissionais em seu software corporativo, usando algoritmos inteligentes, informou o relatório.
Outra novidade é uma atualização na função de busca “Spotlight”, que permitirá aos usuários interagir com os aplicativos de forma mais direta, acessando recursos específicos dentro deles.
A Apple também está explorando o potencial da IA para gerar código para testar aplicativos, uma atividade que costuma demandar muito tempo dos desenvolvedores.
Para testar essas inovações de IA, a empresa está estimulando seus engenheiros a usarem seus próprios produtos internamente, em um processo chamado de “dogfooding”. O objetivo é garantir que esses recursos funcionem adequadamente antes de serem disponibilizados para os desenvolvedores externos.